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'Forró Pé de Quintal' reúne amigos para celebrar o São João em JP

publicado: 23/06/2017 00h05, última modificação: 23/06/2017 08h19
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O evento começa às 20h e será animado pelo Trio Os Amigos do Forró e a banda Seu Pereira e Coletivo 401 - Foto: Divulgação

tags: forró pé de quintal , limeira , quintal mágico , cidade universitária , joão pessoa


Rodolfo Amorim - Especial para A União

Vestir a camisa xadrez, encontrar os amigos e dançar forró a noite inteira integram um evento junino que acontece desde 2001. O Forró Pé de Quintal celebra hoje sua 16º edição este ano. Balões colorem o espaço e a alegria é componente fundamental do arrasta-pé. O quintal é na casa da família Limeira, localizada na Rua Aurélio M. de Albuquerque, no bairro Jardim Cidade Universitária. Com horário marcado às 20h desta sexta-feira (23), o som do forró é feito pelo Trio Os Amigos do Forró e a banda Seu Pereira e Coletivo 401, a entrada custa R$ 25 (antecipado) e R$ 30 (na hora). O músico e vereador Tibério Limeira contou um pouco da história do evento.

Numa época em que o São João de João Pessoa acontecia ainda no Parque de Exposições da cidade, em 2001, rolou um incômodo por parte da família Limeira com a então programação do evento. A partir desse desconforto, filhos, pais, tios e sobrinhos decidiram colocar o forró para tocar no quintal e chamar os amigos para que pudessem celebrar, todos juntos, essa festividade tão tradicional na nossa cultura. Nas últimas edições, o Forró Pé de Quintal já chegou ao número de 800 pessoas reunidas no local.

O espaço na casa da família é chamado de Quintal Mágico, segundo Tibério, esse título se deu porque antigamente havia uma escola na casa, com esse mesmo nome. Há alguns anos, o patriarca da família havia feito, então, uma casa grande, que era para todo mundo morar, ele gostava mesmo de agregar os membros e parentes. Como as filhas são todas professoras, construíram essa escola atrás da residência, o educandário durou cerca de 10 anos, mas o nome permanece até hoje.

A primeira edição do forró aconteceu há 16 anos, e no ano inicial já reuniram cerca de 150 pessoas no quintal. Na época, para ajudar nos custos com a festa e para pagar os músicos, a ajuda individual era feita mediante o famoso chapéu, que passava de mão em mão para quem pudesse contribuir com qualquer quantia. Mas com o passar do tempo, a quantidade de pessoas que vão ao quintal dançar o forró, se divertir e encontrar os amigos aumentou. No entanto, não houve mais um controle de quem iria e o chapéu foi extinto. Passou-se, então, a cobrar uma espécie de entrada, que, para Tibério, é como se cada um tivesse dando sua contribuição para que a festa aconteça. “Não há nenhum objetivo comercial, portanto, a gente abre as portas da nossa casa para todo mundo”, destacou.

O nome dos Limeira é bastante conhecido e envolvido na cena cultural e artística da cidade, tendo um destaque principalmente no que diz respeito à música. A festa, que acontece sempre no mês junino, tornou-se uma tradição do bairro e da cidade em geral, em especial de pessoas ligadas à cultura. Todos que já frequentam há um tempo costumam levar alguém novo. “Todo mundo que vai é amigo nosso ou então amigo de amigos, no fim, quando olhamos o terreno lá de casa, vemos amigos antigos e fazemos novos. Observo que estamos todos conectados”, comentou.