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OSPB apresenta concerto que tem repertório de Beethoven e maestro convidado

publicado: 20/04/2017 00h05, última modificação: 20/04/2017 08h37
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A Orquestra Sinfônica da Paraíba realiza, na noite de hoje, a terceira apresentação da temporada 2017 - Foto: Thercles Silva

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Guilherme Cabral

Duas músicas do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770 - 1827) integram o repertório da apresentação - a terceira oficial da temporada 2017 - que a Orquestra Sinfônica da Paraíba realiza hoje, a partir das 20h30, sob a regência - pela primeira vez como convidado e, também, como solista - do carioca Daniel Guedes, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, instalada no Espaço Cultural José Lins do Rego, na cidade de João Pessoa. Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).

“É um concerto muito especial, porque estou tendo a possibilidade de tocar um dos mais belos concertos para violino e de tocar e reger. É muito especial poder ter esse primeiro contato já dessa forma com a orquestra, porque é uma grande música de câmera, na verdade. É uma interação muito grande entre músicos e solista, justamente pelo fato do solista ter, também, a responsabilidade de conduzir a obra, então, ele possibilita, também, essa interação”, confessou o maestro carioca Daniel Guedes.

Apesar de já ter tocado em recitais algumas vezes, na Paraíba, com a Camerata Brasílica, e, em 2016, como solista e maestro da Orquestra Sinfônica da UFPB, o músico Daniel Guedes terá a experiência inédita de reger a Orquestra Sinfônica da Paraíba. O primeiro contato ele já teve no ensaio realizado na noite da última segunda-feira, dia 17. E não demorou a tecer elogios, destacando a qualidade dos músicos. “A Paraíba sempre produz grandes talentos e já produziu grandes músicos que se destacaram no Brasil e fora do Brasil também. É muito especial para mim poder estar tocando com uma orquestra tão tradicional, uma orquestra que está entre as melhores do Brasil. A expectativa é grande para o concerto e gostaria de convidar o público para comparecer e ter a oportunidade de ouvir a orquestra tocando a obra desse grande gênio da música, que é Beethoven”, disse ele.

“Nós convidamos Daniel Guedes porque a OSPB vem mantendo a iniciativa de trazer nomes que venham colaborar com o grupo, oferecendo oportunidade de intercâmbio. Na primeira parte do concerto, ele vai reger e, na segunda, além da regência, também atuará como solista, tocando violino”, comentou para o jornal A União o maestro titular da Orquestra Sinfônica da Paraíba, Luiz Carlos Durier. “Do ponto de vista artístico, a OSPB está seguindo uma ordem cronológica, tendo começado por Mozart, Haydn, agora Beethoven e depois Schumann, Schubert, Borodin e Glazunov, até chegar aos contemporâneos, no fim do ano”, antecipou ele.

A apresentação desta noite começa com a execução da ‘Sinfonia nº 4 em Si Bemol Maior, Op. 60’ e, após o intervalo, prossegue com o ‘Concerto para Violino e Orquestra em Ré Maior, Op. 61’, cuja função de solista cabe ao maestro Daniel Guedes. “Essas duas obras foram, coincidentemente, compostas praticamente ao mesmo tempo. Beethoven estava num momento muito importante e a ‘Sinfonia nº 4 em Si Bemol Maior, Op. 60’ é muito alegre e pouco tocada, se comparada com as 5ª, 6ª e 7ª sinfonias de Beethoven, que são as mais executadas pelos maestros”, observou o maestro Luiz Carlos Durier.

Sobre o maestro convidado

Considerado um dos principais músicos da sua geração, o maestro carioca Daniel Guedes é regente da Academia Jovem Concertante, regente associado da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa e professor de violino da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele iniciou os estudos de violino aos sete anos, com seu pai, e aos 13 anos venceu o Concurso Jovens Concertistas Brasileiros, ganhando bolsa da Capes para estudar no exterior. Estudou na Guildhall School of Music, cursou bacharelado e mestrado na Manhattan School of Music de Nova York e, posteriormente, estudou regência. E venceu os concursos Bergen Philharmonic Competition e Waldo Mayo Memorial Award, prêmio este que lhe valeu um concerto no Carnegie Hall de Nova York, tocando o Concerto n°1 de Max Bruch. É membro do Quarteto da Guanabara e atua em duo com o violonista Mario Ulloa desde 2009, tendo explorado um repertório inédito para esta formação, gravando dois CDs pelo Selo Rob Digital, além do disco intitulado Impressões Brasileiras e Beethoven sonatas, com Ilan Rechtman, para o selo Well-Tempered, da Califórnia.