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Revolução Russa: Iphaep discute as ‘Imagens de Outubro’

publicado: 07/12/2017 20h16, última modificação: 07/12/2017 20h16
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Um dos maiores acontecimentos históricos do século XX, o movimento afastou do poder os czares e instaurou o primeiro regime socialista/comunista do mundo - Foto: Internet

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Em outubro deste ano foi lembrada a passagem dos 100 anos da Revolução Russa de 1917. Um dos maiores acontecimentos históricos do século XX, o movimento afastou do poder os czares, instaurou o primeiro regime socialista/comunista do mundo e trouxe uma série de mudanças ao cotidiano do povo eslavo. Seguindo as ideias de Karl Marx e Frederich Engels, o poder político passou para as mãos do proletariado, o país foi renomeado de URSS e o líder Joseph Stálin governou por mais de 40 anos. Agora, na manhã deste sábado, o Núcleo de Antropologia Visual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) vai reunir quatro debatedores para discutir o tema: ‘Imagens da Revolução Russa em Outubro’. O evento é aberto ao público e começa às 10h deste sábado (9), na Livraria do Luiz (Praça 1817, Galeria Augusto dos Anjos – Centro de João Pessoa).

O encontro terá como ponto de partida o documentário ‘Outubro’, de Sergie Eiisenstein. Considerado um dos grandes mestres da sétima arte, o diretor filmou os dias que antecederam e se sucederam ao levante popular de 1917, trazendo para a telona imagens reais e impressionantes da tomada de poder pelos bolcheviques russos. Participarão do debate: Fernando Trevas (professor do Curso de Cinema da UFPB e mestre em Cinema pela ECA/USP), Carlos Trigueiro (da Academia Paraibana de Cinema), Willis Leal (escritor) e Thâmara Duarte (jornalista e mestra em Direitos Humanos/UFPB).

Segundo a diretora executiva do Iphaep, Cassandra Figueiredo, este será um momento ímpar, no qual serão mostradas imagens históricas, que vão instigar o público a discutir a revolução russa. “Embora nos dias de hoje o país tenha um regime não comunista e tendo voltado, inclusive, a adotar o nome de Rússia, não é possível ficar indiferente ao centenário de um acontecimento histórico de tal envergadura”, explicou a gestora.

O Núcleo de Antropologia Visual do Iphaep foi criado este ano, partindo de uma premissa: “Faz-se imprescindível a qualquer Instituto voltado à gestão pública de bens culturais a implantação de um núcleo de antropologia visual, visando, antes de tudo, apoiar pesquisas nas áreas de arquitetura e urbanismo, etnografia, sociologia dentre outras áreas das ciências sociais. Sendo, também, indispensável a quaisquer trabalhos voltados ao levantamento dos bens culturais de uma localidade. Atualmente, não é possível realizar nenhuma prospecção nessa área sem o auxílio da antropologia visual, ou seja, a antropologia da imagem e do som”.

No argumento de sua criação, a comissão diretora citou autores que melhor explicitaram a questão da antropologia visual. Entre eles o italiano Paolo Chiozzi, que diz: “A antropologia visual é, por um lado, a interpretação visual de uma certa realidade e, por outro, a interpretação dos dados visuais próprios dessa realidade”.

O grupo de formação acredita que, “a nosso ver, o objetivo principal do Núcleo de Antropologia Visual é integrar a comunidade nos processos de formação e de transmissão de conhecimento”. Para a diretoria, está implícito o objetivo maior de “proporcionar formação teórico-prática de conhecimentos técnicos referentes à competência e à atuação do Iphaep na preservação e na proteção do patrimônio histórico-cultural edificado, sobretudo no âmbito da antropologia visual”.