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Setor calçadista lidera exportações da Paraíba em 2017

publicado: 30/03/2017 00h05, última modificação: 30/03/2017 12h25
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De acordo com a análise realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste, o estado concentrou as exportações nas atividades de calçados de borracha e de plástico - Foto: Marcos Russo

tags: paraíba , exportações , 2017 , calçados

 

As exportações nordestinas totalizaram US$ 2,28 bilhões no acumulado de janeiro-fevereiro deste ano, 30,9% mais que no mesmo período de 2016. Por outro lado, as importações somaram US$ 3,37 bilhões, com aumento de 60,0% no intervalo comparativo.

Nesse contexto de déficit da balança comercial nordestina, a Paraíba exportou menos (-5,7%) e importou mais (+20,7%), no comparativo com o primeiro bimestre de 2016. A Paraíba concentrou as exportações nas atividades de calçados de borracha/plástico (46,5%), outros açúcares de cana (23,8%) e Ilmenita, um tipo de minério de titânio (8,2%). No que diz respeito às importações, os maiores percentuais estiveram na aquisição de produtos, como o malte não torrado, inteiro ou partido (16,6%), outros trigos e misturas de trigo com centeio (15,8%) e milho em grão, exceto para semeadura (9,0%).

A análise é do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), a partir de dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Os dados estão disponíveis no site do Banco do Nordeste, no Diário Econômico do Etene.

Ainda de acordo com a publicação, regionalmente, as exportações de produtos semimanufaturados cresceram 16,4% em janeiro e fevereiro de 2017, frente ao mesmo período do ano anterior. As vendas de produtos básicos recuaram 17,4% frente ao primeiro bimestre de 2016, com destaque para a redução de 92% do valor das exportações de algodão, motivada pela desvalorização do dólar e pela perda de competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, que o redirecionou para o mercado interno.

A exportação de produtos manufaturados apresentou crescimento de 64,7%, devido, principalmente, ao aumento das exportações de combustíveis e automóveis. Os resultados levam à observação do mercado pernambucano, onde a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), ainda não concluída, já é a maior exportadora do Estado, seguida da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), ambas localizadas no Complexo de Suape. Ao comparar o primeiro bimestre de 2017 e 2016, o incremento nas exportações em Pernambuco foi de 171,8%.

Quanto aos países de destino das exportações nordestinas, Estados Unidos (17,0%), Argentina (11,4%), China (9,0%), Holanda (6,3%) e Canadá (4,9%) foram responsáveis por 48,6% do total exportado. Vale registrar que, enquanto as exportações para os Estados Unidos, Argentina e Canadá cresceram 45,1%, 36,7% e 58,8%, respectivamente, as vendas para a China e Holanda recuaram respectivos 25,3% e 17,5%, no período em análise.