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Postos de combustíveis reajustam preços e gasolina na capital chega a custar R$ 3,99

publicado: 22/07/2017 00h05, última modificação: 22/07/2017 09h03
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A maioria dos postos já reajustou os valores e conta com diferença de preços para pagamento em dinheiro ou no cartão - Foto: Divulgação

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José Alves

Condutores de veículos de João Pessoa estão revoltados com a atitude do governo Temer de aumentar o imposto sobre os combustíveis. Para os pessoenses que abastecem seus veículos semanalmente, a medida tomada por Temer é indecente e vergonhosa. O objetivo do presidente foi tapar o rombo no orçamento, já que está com dificuldades para fechar as contas deste ano.
Na capital paraibana, a maioria dos postos de combustíveis já reajustaram os valores nas bombas e quem vendia gasolina comum a R$ 3,099 reajustou o preço para R$ 3,65 e já tem postos que aumentaram o produto para R$ 3,99, inclusive com diferença nos preços para pagamento em dinheiro ou no cartão.

Com o impacto do aumento no preço dos combustíveis, o pessoense que for abastecer o tanque de um carro, por exemplo, de 40 litros, terá que pagar R$ 16,40 a mais do que vinha pagando até a última quinta-feira. Na manhã dessa sexta (21), alguns postos ainda vendiam gasolina por R$ 3,079 ou R$ 3,42, porém a maioria já vendia a R$ 3,69 ou R$ 3,79.

O comentário entre os motoristas que abasteciam seus carros com preços já reajustados é que a partir de agora a população deve se preparar para uma avalanche de aumento de preços em diversos produtos, principalmente na cesta básica.

Sindipetro-PB

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (Sindipetro-PB), Omar Hamad Filho, o aumento da carga tributária deliberada pelo governo Temer é prejudicial porque o país passa por um quadro de recessão. Com esse aumento, todos saem perdendo: empresas, consumidores e a sociedade.
Segundo ele, o aumento do PIS/Cofins, na dimensão em que foi realizado, mais que dobrando seu valor no caso da gasolina, terá inevitavelmente grande e imediato reflexo nos preços. Se por um lado as distribuidoras de combustíveis em geral repassam os aumentos de impostos com agilidade, por outro, a margem de lucro praticada pela ampla maioria dos empresários do setor é menor que o próprio aumento.

Hamad explicou que a revenda de combustível é um dos setores do comércio que trabalha com as menores margens de lucro devido a grande concorrência entre as empresas. Num cenário de recessão há mais de dois anos, grande parte dos postos opera com estoques baixos, devido ao alto custo do capital de giro. “Por este motivo, a renovação de estoque é feita praticamente todos os dias, porque a carga de impostos sobre os combustíveis no Brasil já é extremamente pesada”, explicou o empresário.

Veja o que o pessoense acha sobre a decisão do governo Temer em aumentar os impostos sobre os combustíveis:

"O governo Temer deveria sim tomar medidas para reduzir os gastos do próprio governo, mas prefere aumentar impostos prejudicando toda a classe trabalhadora. Isso é muito ruim porque vai impactar diretamente nos demais produtos utilizados pela população. É necessário tapar o rombo, mas não dessa forma prejudicando a classe trabalhadora", afirmou Ronaldo Loureiro.

Para Joaz Leão, o aumento representa uma falta de respeito para com os brasileiros. "O problema é que o país vive um quadro recessivo com muita gente perdendo emprego e o governo, achando pouco, presenteia a classe trabalhadora com esse aumento imoral de combustível. E não é só o combustível, agora vem aumento na carne, no feijão e em todos os produtos da cesta básica".

"Acredito que esse imposto sobre os combustíveis foi para que o governo possa cobrir o rombo da Petrobras feito por eles mesmos. O brasileiro já paga os maiores impostos do mundo e agora chegou mais um para 'quebrar' o trabalhador que já anda capenga num país que está afundando", lamentou Antônio Dornelas.

Na opinião de Edgledson Régis, o governo Temer é indecente e sempre opta por medidas que prejudicam o trabalhador brasileiro. "Quando ele vê que o trabalhador está tendo algum benefício, como por exemplo, o preço do combustível que estava congelado há alguns meses, ele toma uma medida para prejudicar quem realmente trabalha. O brasileiro tem que protestar e exigir a saída desse governo".