A população de Bayeux já pode comemorar. A partir de hoje, ônibus de qualidade estão circulando para oferecer transporte com segurança através do consórcio metropolitano que vai operar as linhas de transporte intermunicipal de passageiros entre aquela cidade e João Pessoa, como parte de um acordo firmado pelo Governo do Estado e conduzido pela Diretoria do Departamento de Estradas e Rodagem da Paraíba (DER).
Na solenidade de apresentação dos veículos, o governador Ricardo Coutinho (PSB) conheceu os ônibus acompanhado do superintendente do DER, Carlos Pereira, donos das empresas que integram o consórcio metropolitano e vários moradores de Bayeux.
O governador disse que a criação do consórcio faz parte da responsabilidade do Governo do Estado em oferecer um serviço de qualidade com segurança à população de Bayeux e a continuidade da integração metropolitana, que implantou na época em que foi prefeito de João Pessoa.
Ricardo Coutinho enfatizou ainda que a implantação do consórcio é uma necessária e boa mudança, pois há tempos que o DER, responsável pelo transporte metropolitano, havia se debruçado no sentido de oferecer ao povo de Bayeux uma locomoção mais segura, mais nova e que garantisse direitos básicos dos usuários.
“Estamos entrando com uma frota jovem, tem 4 anos e meio. Daqui a alguns dias entram vários ônibus novos. Eu lembro que eu saí da Prefeitura de João Pessoa, a cidade tinha a frota mais jovem do Nordeste e a segunda do país. Hoje nós perdemos essa condição”, lamentou.
Ricardo Coutinho disse ainda que o Estado também está garantindo a continuidade da integração metropolitana, ou seja, quem toma um ônibus em Bayeux e vai pegar o segundo ônibus em João Pessoa paga com 50%, sistema implantado quando foi prefeito da capital. “A saída é melhorar o transporte público’, enfatizou.
O superintendente do Departamento de Estradas e Rodagem, Carlos Pereira, disse que o consórcio foi firmado pensando na população de Bayeux, que vinha sofrendo muito com os péssimos serviços oferecidos pela Metro. Ele revelou que foram dados todos os prazos, todas as condições que não foram cumpridas, não restando outra alternativa que não fosse a cassação. Na solenidade, o diretor do DER anunciou que a tarifa única é de R$ 3, inferior a de João Pessoa.
Ele revelou ainda que o consórcio foi firmado porque na licitação aberta pelo DER foi deserta, mas informou que outra licitação será firmada e enquanto não aparecer empresa interessada o consórcio será mantido.
Solução foi rápida e em caratér definitivo
A decisão do Governo do Estado, através do DER, de criar o consórcio foi tomada após a cassação, na semana passada, pelo Conselho Executivo do DER, da Empresa Metro, cujos ônibus não ofereciam as mínimas condições de funcionamento.
A diretoria do DER articulou a criação do consórcio visando resolver de vez o grave problema do transporte público de Bayeux. O consórcio é integrado pelas empresas Reunidas, Santa Maria, Santa Rita e Das Graças, que mobilizarão, de imediato, 31 ônibus novos e seminovos.
Ao destacar a decisão do governador Ricardo Coutinho, orientando o DER a tomar uma decisão rápida e que viesse a resolver em caráter definitivo o problema, o diretor superintendente Carlos Pereira disse que as empresas selecionadas são todas de boa capacidade operacional e que, com certeza, prestarão um bom serviço ao povo de Bayeux. Segundo ele, com o novo transporte, a população será beneficiada porque terá ônibus seguros e confortáveis, além de garantidos seus direitos de gratuidades conforme a legislação vigente, e ainda cumprindo rigorosamente o quadro de horários estabelecidos pelo DER/PB.
Empresas vão atender com segurança e conforto
O empresário Alberto Pereira Nascimento, da empresa Reunidas, disse que na realidade o DER atendendo recomendação do governador, determinou que as empresas metropolitanas fizessem um consórcio para poder atender a cidade de Bayeux, com a colocação de 31 ônibus para oferecer o melhor serviço para a população da cidade.
Alberto lembrou que a frota atende a exigência com ônibus novos e seminovos para atender a determinação exigida pelo DER. A cidade de Bayeux estava sem transporte, houve uma licitação deserta e o governador determinou uma nova licitação que deve acontecer nos próximos 180 dias, e nesse período a cidade não podia ficar sem transporte. “É um desafio para nós que somos empresários do setor, mas na realidade vamos cumprir as determinações para que a cidade de Bayeux deixe de ter esse prejuízo por falta de transporte”, disse.
Berg Lima (PTN), prefeito de Bayeux, disse que o momento é histórico para a população. Ele agradeceu a sensibilidade do Governo do Estado em atender a reivindicação dos moradores da cidade que sofriam porque a frota era totalmente sucateada e destacou ainda que Ricardo Coutinho tem uma agenda positiva em Bayeux.
Preço da tarifa a partir de hoje – R$ 3.
As quatro empresas farão as seguintes linhas: 05.501 - João Pessoa/Bayeux (Aeroporto), 05.502 - João Pessoa/Bayeux (Imaculada), 05.503 - João Pessoa/Bayeux (Mário Andreazza), 05.504 - João Pessoa/Bayeux (Sesi), 05.505 - João Pessoa/Bayeux (Tambaí), 05.506 - João Pessoa/Bayeux (Jardim Aeroporto).
População aprova
Para o aposentado Josimar Lima Costa, a decisão do Governo do Estado é muito importante "porque a população de Bayeux estava sofrendo". Ele afirmou que a empresa que realizava o atendimento era precária com ônibus de péssima qualidade. "Esperamos mais benefícios para nossa cidade", disse.
A aposentada Francisca da Silva relembrou: "A demora na espera para pegar um ônibus era de 40 minutos a uma hora", e comemorou: "Agora temos a certeza que podemos chegar com segurança ao nosso destino. Por enquanto só dependemos do trem e do transporte alternativo".
Para a dona de casa Maria das Dores, as pessoas que precisam dos ônibus estavam sofrendo bastante. "Agora teremos transporte de qualidade e com segurança. Essa decisão é de fundamental importância para a população de Bayeux. Estou vendo que são ônibus novos", observou.
Na opinião do operário Maurício Pinheiro, a decisão irá acabar com a situação complicada antes era vivenciada por ele. "Era um tormento chegar ao trabalho no horário, porque pego de 7h, e tinha que sair de casa duas horas antes porque não sabia se chegava por causa das condições dos veículos. Era normal o motorista a qualquer momento dizer que o ônibus quebrou", relatou.