Lucas Silva - Especial para A União
Trazendo uma sonoridade que passeia por diversos estilos musicais, mas que tem sempre como base o bom e velho jazz, o grupo paraibano Néctar do Groove é a atração principal do projeto ‘Música do Mundo’ hoje na Sala de Concertos Maestro José Siqueira do Espaço Cultural. A apresentação, que tem início às 21h, contará ainda com a participação especial do trompetista americano Mark Rapp. Os interessados em participar da apresentação podem adquirir seus ingressos nos valores de R$ 10 inteira e R$ 5 meia-entrada.
Caminhando por ritmos e estilos como: baião, afrobeat, salsa, samba, jongo, funk entre outros, os paraibanos fazem de seus shows verdadeiros espetáculos de improvisação e cores em forma de som.
Segundo o baterista da banda, Victorama, os integrantes do grupo musical gostam de fazer uma analogia com os sertanejos para explicar a forma com que a sua música pode envolver o público.
“O sertanejo é um homem muito forte, mas ao mesmo tempo muito reservado. Mas no momento em que você conversa, ele abre a porta e vira seu amigo. Então, essa acolhida e conversa refletem demais em nossas músicas, porque elas dialogam entre si. Então, vemos o nosso som chegar a um metaleiro, mas também a uma freira,” explicou o baterista da banda, Victorama.
Toda essa experiência culminou na produção de um CD homônimo, gravado ao vivo em um único take, em 2010, através do Fundo de Incentivo à Cultura de João Pessoa (FMC) e que recebeu críticas positivas por parte da mídia especializada. Uma novidade é que, agora o grupo se prepara para uma turnê por vários estados do Brasil e exterior e trabalha no próximo disco.
Formado por músicos experientes, o Néctar do Groove surgiu a partir de experimentações feitas pelo saxofonista suíço, radicado no Brasil há mais de 18 anos, Stephan Tomas, e pelos paraibanos Orlando de Freitas (baixo) e Victorama (bateria). A ordem era improvisar sobre temas de jazz e sempre fazer música instrumental.
O baterista Victorama comentou ainda que todos os arranjos feitos pelo grupo são coletivos. “Às vezes um vem com uma ideia, aí junta com outra ideia e vai se formando. Por incrível que pareça, durante o show surge uma proposta bacana de um arranjo que escutamos e guardamos”, completou.
Por sua vez, o trompetista Mark Rapp, que foi nomeado um dos “melhores trompetistas emergentes” de 2008 pela revista Downbeat, foi destaque em um documentário do Travel Channel sobre o seu desempenho no Newport Jazz Festival.
Mark Rapp é um distinto trompetista, compositor, arranjador, tocador de didgeridoo, gravando e realizando turnês. O artista é destaque em Mellen Prima e integra uma lista de prestígio incluindo Terence Blanchard, Lew Soloff, Freddie Hubbard, Tim Hagans, Dave Douglas e outros.
Além disso, ele tocou em shows lotados no Blue Note (Nova Iorque, NY), Yoshi’s (São Francisco, CA) e locais como Blues Alley (Washington, DC), JVC Newport Jazz Festival, Dizzy’s no Jazz @ Lincoln Center, Jazztime Festival (Croácia), Jazzland (Viena, Áustria), Jazz Standard (Nova Iorque, NY), Clube do Choro (Brasília, Brasil), Snug Harbor (New Orleans, LA), AMR (Genebra, Suíça) e muitos outros.
Saiba mais sobre a banda Néctar do Groove
Formada em meados de 2006, na cidade de João Pessoa, o grupo “Néctar do Groove” vem se solidificando no cenário da música instrumental, fazendo apresentações em vários festivais e casas de shows de todo o País. Já passou por palcos como o do Festival Internacional de Blues de Brasília (República blues), Nova Consciência, Estação Nordeste, Música do Mundo, entre outros. Ao longo dessa trajetória, a banda tem dividido o palco com artistas como Stanley Jordan, Hermeto Pascoal, Naná Vasconcelos, entre outros.
“Queremos interagir e fazer arte por meio da música sem limites, sem barreiras. Tornando tudo isso em um coletivo”, revelou o baterista do grupo paraibano Victorama.
A aceitação do público foi imediata, resultando em uma temporada de quase dois anos em uma casa de shows em João Pessoa sempre com lotação esgotada. Na busca por novas sonoridades, foram convidados a integrar o grupo o percussionista Peter Büller; e o mestre da viola de dez cordas Cristiano Oliveira que fincou uma nordestinidade ainda maior ao som do grupo e, por fim, o produtor musical e guitarrista Marcelo Macedo para compor o sexteto.