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Khrystal apresenta show de nova turnê dentro do projeto Oito em Ponto, em JP

publicado: 02/03/2017 00h05, última modificação: 02/03/2017 08h36
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Durante a apresentação, a cantora potiguar contará com a participação dos paraibanos Sandra Belê, Nathalia Bellar e Wister - Foto: Divulgação

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Lucas Silva - Especial para A União

Com a proposta de celebrar a vida, a cantora Khrystal chega à capital amanhã para realizar mais uma apresentação, dessa vez dentro do Projeto Oito em Ponto, com sua turnê intitulada “Não deixe para amanhã”. Sendo uma das artistas de mais força e representatividade nordestina atualmente, Khrystal irá dividir o palco com artistas da terra como Sandra Belê, Nathalia Bellar e Wister, fazendo da apresentação um intercâmbio de expressões culturais da música. Nesta primeira edição do ano do projeto, o show acontece na Sala Vladimir Carvalho, na Usina Cultural Energisa, a partir das 20h. Os ingressos antecipados estão sendo vendidos através do site Sympla ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

A iniciativa cultural do projeto Oito em Ponto é uma prática que vem buscando sempre a valorização das mais diversas expressões artísticas e o intercâmbio entre os artistas paraibanos e nacionais. “A iniciativa do projeto eu acho fantástica, porque nos permite fazer esse intercâmbio com vários estados do Brasil. Além do mais, isso é ótimo porque enriquece o nosso trabalho e consegue definir o que as outras pessoas fazem fora do nosso circuito cultural. Então, no final das contas, misturar esses ritmos em uma apresentação como essa só vem agregar mais valor a nós, artistas de João Pessoa”, disse a cantora paraibana, Nathalia Bellar.

Após ter passado por Fortaleza, Caruaru, Recife, Olinda, Mossoró e São Paulo, e estando programada ainda para ancorar em Fernando de Noronha, Pipa e o interior da Paraíba (Sousa, Cajazeiras e Campina Grande), Khrystal vem acompanhada dos músicos Paulo de Oliveira (Baixos e programações), Stallone Terto (Guitarras) e Darlan Marley (Bateria), apresentando ao público músicas que falam de pertencimento, resistência, tradição, festa e fé, numa mistura que retrata uma Khrystal mais festiva, porém não menos questionadora.

“Esse meu terceiro disco e meu segundo autoral amplia o meu horizonte musical, reiterando uma linguagem madura, provocativa e leve em meio aos desafios inerentes da vida. Por isso, o público pode esperar um show que traz ritmos como coco, cancioneiro nordestino, xotes, forrós e baiões, formando um repertório bastante representativo da música nordestina contemporânea”, disse a cantora.

Uma curiosidade sobre o título do álbum é que ele vem do refrão da canção que amarra a ideia do mesmo, que é, em suma, a de ser leve e otimista perante a vida se mantendo vigilante e reativo diante dos incômodos. Por outro lado, o repertório inaugura parcerias com Thais Gullin, Tatiana Cobbett, Paulo de Oliveira e Jubileu Filho e conta ainda com as participações de Roberto Taufic, nos violões, Gilberto Cabral, Antônio de Pádua e Eugênio Graça, nos metais, Eduardo Taufic, nos pianos, Lucy Alves, na sanfona, e do histórico Quinteto da Paraíba.

Esse trabalho já recebe o apoio do público e da crítica especializada, além das bênçãos do cantor, compositor e artista brasileiro Alceu Valença, que afirma que Khrystal é cristalina, transparente, brilhante. "Nasceu com o dom da arte: atriz, cantora e se revela uma excelente compositora. Seu disco reflete a multiplicidade da artista. Suas letras são poemas com sonoridades, aliterações e profundidade. Khrystal vive os três tempos: o passado, o presente e o futuro projetado. Khrystal é coco, embolada, forró, ciranda, samba. Khrystal é universal”, finalizou.

Conheça Khrystal

Multiartista que define sua carreira musical, de mais de uma década, como sendo “um eterno cangaço”, é natural de Natal (RN), e aprendeu, em casa, com seu pai, o Sr. Cícero Saraiva, a gostar de música. Seu nome – Khrystal Gleyde Saraiva – veio de uma homenagem a uma bailarina francesa, e mesmo sem ter a confirmação da existência dessa dançarina, Khrystal nasceu mesmo com alma de artista. Aos 17 anos, já cantava em bares da Cidade do Sol. Em 2004, começou uma pesquisa para um trabalho que resultou no show “O coco do Brasil”. Desse espetáculo, foram extraídas as seis faixas de sua primeira demo – Meia Dúzia ou Seis, que em 2005, tornou-se um possível disco de carreira. Logo em diante, ela participou do Projeto Retrovisor, que tinha como finalidade incentivar a produção autoral entre eles e apresentá-la ao público.

Em 2008, experimentou as artes cênicas, atuando no filme Luneta do Tempo, no qual foi convidada pelo cantor Alceu Valença e pelo diretor Walter Carvalho. Em 2010, estreou o show experimental O Trem - com foco nas canções autorais – que foi exibido em vários pontos de Natal e numa miniturnê que incluiu Fortaleza, Maceió e Rio de Janeiro.

Foi desse show que saiu o repertório do segundo disco de sua carreira, “Dois Tempos”, que mostrou em maior amplitude sua face compositora, amadurecida ao longo do tempo, e com ele a potiguar levou os Prêmios Hangar de Melhor Intérprete e Artista do ano de 2012, e em 2013 o prêmio de Intérprete do ano, e ano passado, em 2016, Khrystal lançou "Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá", mostrando ao seu público fiel um trabalho maduro e singular.