Guilherme Cabral
O duo formado por Cledinaldo Júnior e Eduardo Fiorussi é a atração desta terça-feira (20) na programação da abertura da temporada 2018 do 'Projeto Violadas', que retoma as atividades com algumas novidades, a exemplo da inclusão de mais linguagens e o intercâmbio com outras áreas. Os músicos começam a apresentar o recital de violão e cordas dedilhadas a partir das 20h, na Usina Cultural Energisa, localizada na cidade de João Pessoa. Os ingressos para o público custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
“Neste ano, a proposta é ter alguma atividade mais concentrada e entrosada mais com a cena local, embora a programação não deixe de ter, como já vinha acontecendo nas temporadas anteriores, atrações de outros estados e até internacionais, o que, neste caso, deverá ocorrer em agosto. Em 2018, queremos promover muito intercâmbio com outros artistas, principalmente a galera nova, que é formada em música pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), bem como ampliar as linguagens, indo do erudito para o popular”, antecipou para o jornal A União Bruno Marinheiro, diretor-geral da PaVio (Paraíba Violões), que realiza o 'Projeto Violadas' com apoio do 'Projeto Encontro Violonístico' (UFPB), 'Iniciativa Violão UFPB', 'Projeto Deck Livre' e Energisa.
Bruno Marinheiro também ressaltou que o 'Violadas' é um evento que vem contribuindo, ao longo das oito temporadas até então realizadas, para a divulgação da cultura na Paraíba. “O projeto retorna às atividades em 2018 com equipe renovada. Os violonistas Cledinaldo Júnior, Herbet Douglas, Rodrigo Kesselring, Lucas Dantas Gaião e Danyel Costa se juntaram comigo na organização da PaVio e preparamos uma nova temporada, com toda diversidade de linguagens dos nossos talentos locais”, disse ele.
O repertório que o duo apresenta nesta terça está, de acordo com o diretor-geral da PaVio, “repleto de grandes sucessos” dos maiores mestres do choro. “Cledinaldo Júnior é um velho conhecido do 'Projeto Violadas' e Eduardo Fiorussi um multi-instrumentista das cordas dedilhadas, que apresentarão ao público os mais conhecidos choros de vários artistas, como Jacob do Bandolim”, comentou Bruno.
Os músicos
Graduado em música sob a orientação do doutor Gilson Antunes, Cledinaldo Júnior é mestre em Música pela Universidade Federal da Paraíba, onde também é professor substituto de violão no Departamento de Música. Ele participou de masterclass e aulas com violonistas consagrados internacionalmente, a exemplo de Albergio Diniz, Paulo Martelli, Jaime Velasco, Daniel Wolff, Eduardo Meirinhos, Fabio Zanon, Thibaut Garcia e Sergio Assad. O músico também se destaca fora do contexto acadêmico, pois obteve premiações no 'XVIII Concurso Nacional de Violão Musicalis' (SP) e no 'I Concurso Amaro Siqueira' (RN), bem como pela atuação como solista na execução dos concertos para ‘Violão e Piano Trio’ de Claude Bolling, ‘Concerto in Ré’, de Antonio Vivaldi, e ‘Concerto Nº 4 à Brasileira’, de Radamés Gnattali.
Já o outro músico, Eduardo Fiorussi, é professor de cordas dedilhadas (cavaquinho, bandolim e violão de sete cordas) do Departamento de Educação Musical da UFPB. Ele atua há 18 anos com o ensino de música, composição, performance, arranjo, produção musical e formação de conjuntos. Empunhando o bandolim, também integra o Grupo Pé de Choro e possui discos gravados com a Orquestra Cuiabana de Choro (Universidade Federal de Mato Grosso), Núcleo de Samba Cupinzeiro e Anabela (Município de Campinas - SP).
Origem
O projeto surgiu em 2008, por meio da união de estudantes e professores violonistas do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), localizado na cidade de João Pessoa. No início, eles promoviam pequenas apresentações, em especial no Casarão 34, que se situa no Centro da capital. A partir de 2010, iniciam o 'Violadas', em parceria com a Usina Cultural Energisa e, desde então, a programação do evento vem oferecendo à população - geralmente na última terça-feira de cada mês - recitais de violão, o que tem contribuído para formar, cada vez mais, um público que aprecia esse gênero musical.