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Abertura do Fest-Aruanda acontece hoje, no Manaíra Shopping

publicado: 08/12/2016 00h05, última modificação: 08/12/2016 12h29
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O crítico e diretor de cinema Wills Leal (esquerda) é dos homenageados nesta edição do evento - Foto: Lucas Silva

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Lucas Silva - Especial para A União

Marcada por homenagens e lançamentos, a 11ª edição do Fest-Aruanda abre sua programação ao público da capital oficialmente na noite de hoje, às 18h, e traz até a sala 9 do Cinépolis do Manaíra Shopping uma série de homenagens e o lançamento do longa-metragem de Chico Kertész, intitulado “Axé: Canto de um povo de um lugar”. Tendo ainda na programação a exibição de curtas e médias-metragens, o evento é responsável por movimentar a cena audiovisual da capital com filmes inéditos que ainda não estão no circuito comercial. No total, serão 40 produções exibidas até a próxima quarta-feira (14), e todas elas com entrada gratuita ao público.

“Estou muito emocionado em ser homenageado no festival, pois é a segunda vez que participo desse instrumento cultural com foco no cinema. Embora minha essência gire em torno de três eixos - jornalismo, turismo e o cinema - minhas emoções discorrem de fato do cinema, que é onde consigo traduzir toda minha arte e é por isso que fico orgulhoso em ser reconhecido”, contou o pesquisador, crítico e diretor, Wills Leal, sobre a homenagem pelos seus 80 anos de vida. 

Wills receberá já na abertura do evento o Troféu Aruanda e também um troféu da Academia Paraibana de Cinema (APC), da qual é sócio-fundador. O romancista e jornalista João de Lima também será homenageado com a exibição do documentário “Péricles Leal - O criador esquecido”. E por fim, homenagens póstumas ao jornalista Geneton Moraes e ao cineasta paraibano Manfredo Caldas, ambos mortos este ano.    

Após a cerimônia de abertura, têm início as exibições com o documentário intitulado “Axé: canto de um povo de um lugar”, produzido por Chico Kertész, às 19h30. A história do longa fala sobre o ritmo, surgido na Bahia, que acabou conquistando todo o País. Indo mais além, o filme por si só traz ao público uma expansão do universo do Axé. 

Originário da Bahia e considerado hoje um dos movimentos musicais mais globalizados do mundo, o Axé é um ritmo musical que carrega em sua essência boa parte de todo o sincretismo musical e cultural baiano. Em cima disso, o documentário reúne entrevistas e imagens de arquivo com objetivo de traçar um ponto inicial do nascimento do gênero.

Ineditismo

“Esse ano nós seguimos a tradição do festival de trazer filmes inéditos. Isso é uma marca do festival nos últimos cinco anos. Então todos os longas da mostra competitiva são inéditos no mercado nacional e não foram exibidos em salas comerciais”, contou em entrevista ao jornal A União o coordenador do festival, Lúcio Vilar.

Novidade 

Como organizador, Lúcio Vilar sempre busca inovar as edições do festival. Juntamente com a Controladoria Geral da União (CGU), ele promoverá uma sessão do curta “Algo mais Explícito”, de Cavi Borges, no Dia Mundial Contra a Corrupção. Além disso, a CGU está promovendo um concurso de vídeos de um minuto com a temática da corrupção. Os vencedores serão exibidos também no festival. “É importante dizer que o Fest-Aruanda não é só um festival de cinema, porque ele vai além. Então essa nova mostra foi aberta devido à preocupação do evento em estar junto com a sociedade para debater as questões de cidadania”, disse durante a coletiva de imprensa o representante da CGU, Walber Alexandre.

Atividades Paralelas

Como já é tradição, todos os anos o festival também traz atividades educativas, e este ano não poderia ser diferente. Iniciando o ciclo de práticas educativas, a professora do Instituto de Artes da Universidade de Campinas (Unicamp), Ariane Porto, ministrará o workshop intitulado “Produção Criativa: os desafios da universidade na construção de uma política cultural transnacional”. 

Além disso, serão feitos debates diários no auditório do Nord Luxxor Hotel Sapucaia, localizado em Tambaú, sobre os filmes exibidos e sobre temáticas específicas como, por exemplo, a importância de Péricles Leal, de Wills Leal e de Mafredo Caldas como mestres nas produções audiovisuais. Um debate sobre a produção de atores com atuação por trás das câmeras estão entre as mesas-redondas.