Notícias

Jurandir Maciel abre mostra de obras que retratam o Nordeste

publicado: 03/08/2017 00h05, última modificação: 03/08/2017 01h52
obras.jpg

A nova exposição do artista radicado na Paraíba retrata as praias, as frutas e o folclore da região - Foto: Divulgação

tags: jurandir maciel , exposição , brasil - nordeste: do litoral ao sertão , sesc cabo branco , joão pessoa


Guilherme Cabral

Oito esculturas em bronze com temas abstratos e 50 gravuras em alumínio fundido, inspiradas em xilogravuras do cordel, integram a exposição intitulada Brasil Nordeste – Do Litoral ao Sertão, que o artista plástico e escultor pernambucano - radicado na Paraíba - Jurandir de Oliveira Maciel abre nesta quinta (3), a partir das 19h, na Galeria de Artes Visuais do Centro de Turismo e Lazer do Serviço Social do Comércio (Sesc) Cabo Branco, localizada no bairro homônimo, na cidade de João Pessoa. A individual vai permanecer com acesso gratuito ao público, todos os dias da semana, até 23 de agosto.

“O tema das oito esculturas é abstrato e todas são autorais. A maior mede um metro de altura, pesando cerca de 100 quilos, e a menor tem 30 centímetros. Já as 50 gravuras - de um total de 160 peças que produzi, algumas das quais inéditas - compõem uma série intitulada Brasil Nordeste – Do Litoral ao Sertão, que é um pequeno mosaico retratando alguns aspectos da região, como as praias, frutas, o carro de boi, além do folclore e seus folguedos, e, ainda, personagens: o cangaceiro, o pescador e o cortador de cana-de-açúcar. Da Paraíba retrato, por exemplo, a Praia de Coqueirinho, o músico Beto Brito com sua rabeca e o Rei do Ritmo, Jackson do Pandeiro. É um projeto que conclui há três meses e agora vou montar para essa exposição no Sesc”, disse Jurandir Maciel para o jornal A União.

Radicado em João Pessoa há um ano e seis meses, Jurandir Maciel - que é natural do Recife - antecipou que já vem produzindo obras inspiradas na capital paraibana, com enfoque, por exemplo, no casario e nas praias e cujo objetivo é incluí-las na realização de uma nova mostra individual, mas ainda sem data prevista para acontecer. “Era um sonho meu vir morar na cidade desde quando a visitei pela primeira vez quando tinha 14, 15 anos de idade. Eu costumava dizer que a única cidade, além do Recife, que moraria seria João Pessoa. E agora, aos 60 anos, realizei esse meu sonho, pois o que sempre me atraiu foram os seguintes motivos: a melhor qualidade de vida, o povo e as belezas naturais e arquitetônicas”, confessou o artista, que reside no Largo da Praça São Pedro Gonçalves, no bairro do Varadouro, no Centro Histórico, onde seu ateliê recebe, em média, a visita de 100 a 200 turistas do Brasil e até de outros países, a exemplo dos Estados Unidos, França e Alemanha, para onde suas peças produzidas em bronze, alumínio, mármore e concreto são vendidas.

Jurandir Maciel iniciou sua trajetória profissional na década de 1980 e só veio a instalar o seu primeiro ateliê seis anos depois. Em 1993, ele começou o curso de Artes na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No entanto, antes de se radicar na Paraíba, o artista já havia criado várias obras que hoje estão instaladas e ornamentam vários locais da cidade de João Pessoa, a exemplo da figura do compositor Livardo Alves, sentado em um banco na Praça Vidal de Negreiros, no Ponto de Cem Réis, que, a propósito, costumava frequentar em vida; o escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna no hall de entrada do Teatro Pedra do Reino, no Centro de Convenções; e o poeta do Eu, Augusto dos Anjos, no jardim da sede da Academia Paraibana de Letras (APL).