Guilherme Cabral
Sua Majestade, o Rei Roberto Carlos, completa hoje 76 anos de idade. Mas quem ganhará em breve o presente serão os fãs paraibanos do cantor e compositor capixaba. Um deles é o desenhista e ilustrador do Departamento de Artes de A União - Superintendência de Imprensa e Editora, Carlos Roberto Freire, que assistirá a mais um show - os ingressos já estão à venda - que o artista realizará na cidade de João Pessoa, na noite do dia 10 de maio, na Domus Hall, cuja abertura dos portões ao público será às 21h. “Que nesse dia Roberto tenha uma grande emoção”, disse ele, referindo-se à data natalícia de RC, acrescentando ser sua intenção celebrar o aniversário do ídolo neste final de semana, em companhia de familiares e amigos em sua residência no Conjunto Funcionários II.
“Eu costumo comemorar cada aniversário de Roberto Carlos. Encomendo um bolo, contendo a frase “Parabéns para o Rei”, e celebro em casa, com parentes e vizinhos. Ele é como se fosse um membro da família”, confessou Carlos Roberto, referindo-se a RC, artista que, em novembro de 2015, foi homenageado pelo Grammy Latino como personalidade do ano e lançou o CD intitulado Primeira Fila, gravado no Estúdio Abbey Road, o mesmo da banda The Beatles, localizado na cidade de Londres, capital da Inglaterra. No show que realizará em João Pessoa, o cantor vai estar acompanhado de sua orquestra e coral para apresentar um repertório cujas marcas são o romantismo, a religiosidade e a família.
Carlos Roberto garantiu não perder nenhum show do seu ídolo, sobretudo quando ele vem para João Pessoa. No entanto, nas ocasiões em que Roberto Carlos se apresenta em Campina Grande e no Recife (PE) também aproveita as oportunidades para vê-lo ao vivo. Para que isso aconteça, o deslocamento ocorre em um ônibus lotado por fãs do artista.
“É o melhor cantor do Brasil. Para mim ele é o Rei”, confessou Carlos Roberto, cuja paixão pela arte de Roberto Carlos começou quando tinha 18 anos de idade, na efervescente década de 1960, época em que RC comandava a Jovem Guarda. A qualidade das músicas e o estilo do artista o fizeram elegê-lo como ídolo. A partir daquele momento, o desenhista e ilustrador de A União, onde trabalha há três décadas, passou a acompanhar a carreira do artista. Um apego tamanho ao ponto de manter, ainda hoje, um corte de cabelo semelhante ao que Roberto Carlos chegou a ter e, ainda, batizar um filho - agora com 22 anos - com o mesmo nome do cantor e compositor capixaba.
Carlos Roberto também possui toda a coleção de discos em vinil de Roberto Carlos, inclusive o compacto simples contendo a primeira música do Rei, cujo título é ‘João e Maria’, e no outro lado, uma outra, denominada ‘Fora do Tom’, lançado em 1959 pela gravadora Polydor. No entanto, na opinião desse fã, a canção mais bonita de RC - que a compôs em parceria com Erasmo Carlos - é "Detalhes", lançada pelo artista em álbum homônimo no ano de 1971. Ele possui, ainda, CDs, revistas e outros tipos de materiais relacionados ao ídolo e, inclusive, montou um estúdio no jardim da sua própria casa, onde guarda esse acervo.
Porém, um momento marcante - e até agora único - vivido por Carlos Roberto Freire como fã ocorreu em 1978, quando conheceu o ídolo em João Pessoa. “Eu ouvi falar que Roberto Carlos vinha para a cidade aí fiz um desenho colorido em tela do busto do Rei. O show ocorreu no ginásio do Clube Astrea e quem fez a apresentação de RC para o público foi o jornalista Carlos Aranha. Depois do show, no camarim, Aranha me apresentou a Roberto Carlos, a quem entreguei o desenho. RC gostou demais e esse encontro foi fotografado e publicado em A União”, lembrou ele, que ainda hoje é chamado de Roberto Carlos por amigos, colegas de trabalho e vizinhos, que costumam lhe pedir para tocar as músicas do Rei. “Eles me cobram porque já se acostumaram a ouvir”, comentou.
Sobre o artista
Quarto filho do casal Robertino Braga e Laura Moreira Braga, a quem RC homenagearia, Roberto Carlos nasceu no dia 19 de abril de 1941, na pequena cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Estado do Espírito Santo. Na infância, o apelido do cantor e compositor era Zunga. Quando criança, gostava de descer com a bicicleta a ladeira perto da sua casa, no bairro do Recanto, tomar banho no Rio Itapemirim, empinar pipa e jogar futebol, mas nutria paixão pela música. Ele começou a aprender a tocar violão e piano com a própria mãe e, depois, no Conservatório Musical de Cachoeiro. Aos 9 anos, o então garoto recebeu a sugestão da mãe, dona Laura, para cantar no programa matinal infantil de Jair Teixeira, transmitido pela Rádio Cachoeiro de Itapemirim, prefixo ZYL - 9, quando interpretou o bolero ‘Amor y más amor’, sucesso na voz de Fernando Borel. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, o Rei Roberto já lançou 41 álbuns só de inéditas, com vendas superiores a 120 milhões de cópias.