Notícias

Artistas unidas em show que fortalece cena musical feminina

publicado: 09/01/2018 19h05, última modificação: 09/01/2018 19h22
1 Thercles Silva.jpg

A Coletiva Tanto Canto apresentará, ao público, um repertório diversificado, que mescla ritmos, como o samba e o rock - Foto: Thercles Silva

tags: coletiva tanto quanto , maria juliana , música , artistas , cena musical feminina


Leonardo Andrade
Especial para A União

Foi por meio da busca pela valorização de obras de compositoras que 'Coletiva Tanto Canto' e Maria Juliana se unificaram para trazer um show só com mulheres, fortalecendo o cenário musical feminino. As intérpretes da música se apresentam na noite desta quarta-feira (10) na Vila do Porto, que fica localizada na Praça São Frei Pedro Gonçalves, no Centro Histórico de João Pessoa. O evento se inicia a partir das 20h e a entrada custa R$10,00.

A proposta da ‘Coletiva Tanto Canto’ é trazer para o público um repertório voltado para composições femininas, além de um show bem diversificado, enaltecendo uma mistura de ritmos e passeando pelo erudito, samba, rock e coco. Por se tratar de uma coletiva só de mulheres, levanta questionamentos pela visibilidade ou invisibilidade de compositoras. “Nossa ideia é bem experimental, vamos realizar um passeio por diversos ritmos brasileiros, quem for vai se divertir bastante”, destacou a compositora Jinarla Pereira, que integra o grupo.

As desbravadoras que integram o 'Tanto Canto' são Danielly Dantas, Jinarla Pereira, Laís Oliveira, Mariana Duarte, Ruanna Gonçalves, que juntas interpretam canções de artistas renomados e consagrados no cenário musical brasileiro. “Unidas, temos o objetivo de difundir as mais variadas formas de fazer artes contidas em nós”. Para a coletiva o ano de 2018 chega com boas obras e diversas realizações serão feitas.

E a noite desta quarta-feira traz a cantora Maria Juliana e sua banda, obtendo maior parte do show voltado para compositoras brasileiras, como Cátia de França, Chiquinha Gonzaga, Jinarla Pereira e a própria Maria, dentre outras. A cantora, que atualmente mora em Fortaleza, no Ceará, retorna à capital paraibana para unir força com as meninas do coletivo, onde será desenvolvido um trabalho autoral, com diversidades de ritmos e estilos.

Para a compositora Maria, no mercado musical ou em outras áreas, ainda existe certa dificuldade para inserção das mulheres de forma igualitária. “Seja para conseguir fechar um contrato, por salários diferenciados e outras situações”, destacou, acrescentando que mesmo com essas indiferenças as mulheres estão se sentindo mais à vontade para falar o que acontece. “A maior arma que a mulher tem para se defender é não se esconder, é falar mesmo”, finalizou. Assim, os intérpretes da música pretendem fomentar e difundir a produção musical brasileira feita por mulheres que exercem as funções de instrumentistas, improvisadoras, cantoras, com a versatilidade do fazer música.