Nesta semana, a produção do Fest Aruanda, anunciou a identidade visual desta edição celebrativa dos 18 anos do evento, além dos curtas-metragens paraibanos selecionados para a mostra competitiva Sob o Céu Nordestino. O festival será realizado de 30 de novembro a 6 de dezembro, na Rede Cinépolis (Manaíra Shopping), em João Pessoa, com entrada gratuita.
“O cinema que ensina o mundo a enxergar o Brasil” é o conceito deste ano, que reforça o papel do cinema brasileiro em mostrar essa brasilidade para todo o mundo e, ao mesmo tempo, resgata a importância histórica dos filmes que, de fato, ajudaram o mundo a enxergar o Brasil, como é com o caso de Aruanda e de tantas outras obras-primas do Cinema Novo nos anos 1960. A arte do cartaz vai homenagear os “atores naturais” do filme de Linduarte Noronha.
“A peça principal foi composta a partir de uma releitura de uma cena emblemática do filme, onde todos os elementos estão representados: os atores, o pote de barro que é marca do festival e a composição de cena que é uma clara alusão à obra”, explicou o fundador do festival e diretor-executivo, Lúcio Vilar.
Foram sete os curtas-metragens paraibanos selecionados para esta edição: O Orgulho Não é Junino (documentário, Campina Grande), de Dimas Carvalho; Pantera dos Olhos Dormentes (animação, João Pessoa), de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos; Para Onde Eu Vou? (animação, Campina Grande), de Fabi Melo; Abrição de Portas (documentário, Campina Grande), de Jaime Guimarães; Flora, a Mãe do Rei (ficção, Alagoa Grande), de Geóstenys de Melo Barbosa; Céu (documentário, Santa Luzia), de Valtyennya Pires; e Flor dos Canaviais (ficção, Alhandra), de Lívio Brandão e Lucas Machado.
“Um ponto a ser destacado e valorizado na seleção de curtas paraibanos deste ano é a interiorização da produção, com três filmes produzidos no interior, três em Campina Grande e um na capital, João Pessoa. Há também que salientar a preocupação dos realizadores, novatos e diretores mais experientes, em tratar de assuntos diversos que vão da luta pela terra, ao feminicídio, a discussão de gênero nas tradicionais quadrilhas, a valorização da cultura de reisado e de personagens do meio artístico paraibano, como Jackson do Pandeiro e Anayde Beiriz e a ludicidade entre o que tem que prevalecer, a razão ou a emoção”, disse o curador e diretor artístico do evento, Amilton Pinheiro.
“Mais uma vez o curta-metragem paraibano cumpre seu papel histórico como expressão relevante de nossa cinematografia e, apesar de vivermos uma entressafra, até pela falta de editais como Walfredo Rodriguez, por exemplo, teremos dez curtas locais nas duas mostras competitivas (nacional e nordestina)”, disse Lúcio Vilar.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 24 de outubro de 2023.