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Dois Africanos se apresentam nesta quinta-feira em Cabedelo

publicado: 12/01/2017 00h05, última modificação: 12/01/2017 07h33
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Durante o show, Big e Izy apresentam um repertório que mistura a música afro com o pop mundial - Foto: Divulgação

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Rodolfo Amorim - Especial para A União

A fim de levar o público a um passeio cultural pela África, em que cantam músicas dos anos 70 até os dias de hoje, os Dois Africanos retornam à Paraíba e fazem um show em Cabedelo. Hoje, os carismáticos Big e Izy apresentam seu mais recente EP “Djawá”, que já é um convite à alegria e à felicidade. O show traz um repertório diferenciado, dentro do estilo musical da banda, chamado de World Afro Pop, que, segundo eles, é uma mistura de música afro com música pop mundial. O Food Park Intermares, na orla de Cabedelo, será o cenário desta apresentação.

“A palavra Djawá representa felicidade e mostra que devemos viver tudo de bom que a vida nos reserva, além disso, demonstra o que os Dois Africanos fizeram, e até hoje fazem, que é divertir e alegrar as pessoas” aponta Opai BigBig, um dos vocalistas. A origem do termo deriva de um dos idiomas do Benin, país de Big, localizado na costa ocidental da África. Já para Izy Mistura, Djawá não é sobre a dupla, e sim sobre africanos de uma maneira em geral, “Somos um povo feliz, cada país com sua cultura, mas de modo geral, que valoriza cada momento e procura sempre curtir a vida da melhor maneira possível” disse.

Para eles, tocar na Paraíba traz uma sensação de alegria fora do comum. Com demonstração de amor à Paraíba, os Dois Africanos já estabeleceram o estado como a segunda casa deles no Brasil, sendo o Ceará a primeira, e Pernambuco a terceira, pois foi onde fizeram o primeiro show para um grande número de africanos. Mas revelaram também que adoram a Bahia e Natal. “Na verdade, o Nordeste é uma terra que adoramos. João Pessoa é a cidade que me adotou, e que adotei também. A gente fica muito feliz de tocar na Paraíba, são momentos que vão além da música”, contou Big.

Referência paraibana

Ao falar sobre música paraibana, os Dois Africanos não hesitaram e citaram Chico César como uma referência não só musical, mas pessoal. “A nossa admiração pelo Chico vai além do artista e para nós, a humanidade e a simplicidade da sua personalidade, é uma questão fundamental, e também exemplo”, contou Izy. No entanto, todas essas influências, querendo ou não, estão inseridas no trabalho divertido e dinâmico dos africanos.

A banda e o SuperStar

Criada em fevereiro de 2012, na cidade de João Pessoa, a banda Dois Africanos tem como membros os dois intercambistas africanos, Opai Big, do Benin; e Izy Mistura, do Togo. Diante da imagem de tristeza e de sofrimento que o povo brasileiro tem do seu continente de origem, ambos decidiram montar um projeto pelo qual mostraram uma África que vai além desses fatos, e com isso, ganharam espaço na cidade. Mesmo com a criação em 2012, o reconhecimento nacional se efetivou em 2015, quando, juntamente com músicos paraibanos, foram representar o estado da Paraíba no programa SuperStar, da Rede Globo. Durante o reality musical, a banda foi eleita várias vezes como a melhor, tornando-se assim uma das finalistas do programa.

Big e Izy são gratos pela participação no Superstar e acham que seria difícil separar Dois Africanos da exibição no programa, pois como se fala na África Ocidental, foi o “início do começo” da carreira nacional. “Cada vez que falamos do programa só sentimos gratidão ao Brasil todo, por nos ter dado a força que nos levou até aqui”, comentaram.

A expectativa para o show é que a galera goste do novo repertório elaborado. Big e Izy também esperam a presença de amigos e dos amigos de amigos, que são a maior parte de seu público. “A gente fica muito feliz de tocar na Paraíba, são momentos que vão além de música”, completaram. O ritmo alegre e dançante, que se encontra nas músicas e performances, são reflexos da personalidade carismática dos Dois Africanos: “Sim, isso nos define. A gente se sente bem em fazer isso porque é nosso cotidiano. Como gostamos de dizer, você pode tirar tudo do africano, menos a sua alegria e felicidade”, concluíram.