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Para celebrar o Dia Nacional do Forró, instituição abre gratuitamente mostra fotográfica e de capas de vinil

Casa de José Américo promove exposição dupla sobre o forró

publicado: 14/12/2021 08h47, última modificação: 14/12/2021 08h47
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tags: Dia Nacional do Forró , Fundação Casa de José Américo , mostra fotográfica , capas de vinil

Ontem foi celebrado o Dia Nacional do Forró, o ritmo maior da representatividade nordestina que foi declarado como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no último dia 9.

A Fundação Casa de José Américo (FCJA) também entra no compasso do arrasta-pé para comemorar a data: hoje, a partir das 17h, serão abertas duas mostras acerca do tema: uma delas apresenta diversas capas de LPs de forró, sob a curadoria do colecionador e pesquisador musical Érico Sátyro, e a outra é a exposição Danados de Bons, de autoria do fotógrafo Guy Joseph. Ambas ficam abertas gratuitamente até a próxima quinta-feira (dia 16), no hall da instituição, das 9h às 17h, na Av. Cabo Branco, 333, em João Pessoa.

Danados de Bons traz 40 fotografias de 20 “foleiros” (ou tocadores de fole) em seus ambientes naturais, sem luz artificial. “Eu quis dar um tratamento intimista e artístico a esse material, aproveitando apenas a luz vinda de portas e janelas, por exemplo. Acho que consegui capturar o ‘espírito’ desses artistas, que travam uma luta de resistência pela manutenção do fole de oito baixos”, conta Guy Joseph.

Ainda segundo o curador, o trabalho foi realizado há três anos, para a Associação Cultural Balaio Nordeste, que, em convênio com o Iphan-PB, realizou o projeto Mapeamento do Fole de Oito Baixos.

Depois de várias viagens pela Paraíba, em companhia de antropólogos e etnomusicólogos, o levantamento dos foleiros paraibanos foi concluído em 2019, em um evento que exibiu o documentário Com Respeito aos Oito Baixos e a exposição fotográfica de Guy Joseph. A mesma mostra ― que pertence à associação e ao Iphan ― estará na FCJA. “É uma forma de confraternizarmos com os diversos forrozeiros paraibanos, tanto pelo dia quanto pelo título merecido”, diz Fernando Moura, presidente da Fundação Casa de José Américo.

Lembrando também que está acontecendo até a próxima sexta-feira eventos ligados ao ritmo nordestino como o 4° Encontro Nacional de Forrozeiros e o 3° Fórum Nacional do Forró de Raiz. Para ver a programação completa, basta acessar o perfil no Instagram (@balaionordeste) e a página no Facebook (www.facebook.com/balaiopb) da Associação Cultural Balaio Nordeste.

Supergênero

O dia 13 de dezembro é o Dia Nacional do Forró por ser o aniversário do pernambucano Luiz Gonzaga, o“Rei do Baião. Neste ano, às vésperas dessa data emblemática, o forró passou a ser um Patrimônio Cultural Imaterial do país, além de ter sido classificado como um “supergênero”, pela sua abrangência.

Com o reconhecimento, as matrizes do forró foram inscritas no Livro de Registro das Formas de Expressão. O primeiro registro de um gênero musical nesse livro foi o samba de roda do Recôncavo Baiano. Depois, vieram o jongo, o frevo, o tambor de crioula, as matrizes do samba no Rio de Janeiro, o fandango caiçara, o carimbó, o maracatu nação, o maracatu do baque solto, o repente e a ciranda, dentre outros.

Um patrimônio imaterial é um consenso que abrange expressões culturais que podem ser caracterizados pelos saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, as celebrações, as festas e danças populares, as lendas, músicas e os costumes, entre outras tradições.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 14 de dezembro de 2021