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Arquivo da Funesc se destaca por seu vasto acervo histórico

publicado: 19/06/2016 00h05, última modificação: 18/06/2016 10h24
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Centro de Documentação da Funesc trabalha com livros, revistas, partituras, matérias de jornais, CDs, DVDs, LPs e fotos - Foto: Edson Matos

tags: Centro de Documentação e Pesquisa Musical José Siqueira , Fundação Espaço Cultural da Paraíba


Lucas Silva Especial para A União

Após passarmos pela Gibiteca, Cine Bangüê e sairmos do universo cheio de mistérios que o Planetário nos revelou, a série “Espaços do Espaço Cultural” convida você dessa vez para voltar alguns anos na história e relembrar momentos contados e arquivados no acervo do arquivo da Fundação Funesc. Desse modo, voltemos a 1987, data de inauguração do local, e vejamos o que os documentos históricos, até então esquecidos, têm a nos revelar. 

Criado nos anos 80, na gestão do governador Tarcísio Burity, o Centro de Documentação e Pesquisa Musical José Siqueira (CDPM) funcionou inicialmente no Mezanino 02 da Funesc, ao lado da sala de ensaios da Orquestra Sinfônica, durante mais de 20 anos.

Nele, os documentos preservados pelos “Guardiões da História”, foram conservados de várias formas sendo utilizados diferentes suportes. Uma curiosidade é que, geralmente as entidades mantenedoras de arquivos mais conhecidas pela população podem ser públicas como, por exemplo, a Federal, Estadual Distrital, Municipal, institucionais, comerciais e pessoais.
Entretanto, em especial, no Centro de Documentação da Funesc, a estrutura de arquivos catalogados trabalha com livros, revistas, partituras, matérias de jornal, CDs, DVDs, LPs e fotos. A maioria do acervo traz livros, alguns raros, com edições esgotadas, oriundos de coleções particulares doadas, compreendendo biografias de autores clássicos, textos teóricos e técnicos, além de revistas especializadas.

Fora isso, a coletânea histórica conta ainda com “cópias” de partituras de músicas clássicas do Brasil e exterior (América Latina, Europa, USA), somando-se aos CDs, DVDs e LPs antigos da música clássica mundial. Além disso, é possível encontrar nas caixas e mesas de pesquisa do acervo, um material fotográfico das atividades e eventos que ocorreram na Funesc nos últimos 30 anos, principalmente da fotógrafa Clara Lenira.

Em entrevista ao jornal A União, o coordenador do local Pedro Osmar comentou qual a importância na conservação desse espaço tão marcante para os paraibanos. “O Centro de Documentação e Pesquisa Musical José Siqueira é uma porta aberta para os que precisam entrar em contato com documentos de música, particularmente da música paraibana, e isso, por si só, já justifica a importância de sua existência e desenvolvimento”.

Outro detalhe importante a se destacar no local é que, colecionadores, historiadores e demais pessoas que tenham materiais em bom estado de conservação e que por ventura queiram doar o material será bem recebido pela equipe do arquivo.

“Sim, as doações serão sempre bem-vindas. Aqui o material doado é catalogado, recebe um fichamento e é colocado à disposição dos pesquisadores, estudantes e professores. O doador recebe um documento oficial em que consta a doação de seu material. O CDPM José Siqueira possui um acervo de peças adquiridas através de doações particulares e voluntárias, sendo a maior parte do arquivo musical, advinda do acervo do musicólogo Domingos de Azevedo Ribeiro, seu criador.

Mergulhando mais adentro da história, o arquivo já teve em seu corpo de funcionários 62 integrantes que durante anos foram dando suas vidas para guardar a história de forma cronológica. Até a alguns tempo o funcionamento do local era feitos em dois turnos, com cada pessoa desempenhando sua tarefa como, por exemplo, desembrulhando pacotes, separando documentos e catalogando-os.

“Com esse processo foi mais fácil de organizar o material. Desde modo, desde 1971 até 1978 essa documentação ainda está armazenada. Além dela, existem mais documentos que foram recebidos recentemente”, contou em detalhes João Pedro, uns dos funcionários da equipe do arquivo.

Joao Pedro ressaltou ainda que, um dos documentos que mais se destacam por terem periodicidade são os jornais e os diários oficiais, que desde 1912 fazem parte do acervo. “Atualizado sempre que diariamente, os jornais são um dos documentos que mais são atualizados em nosso acervo, além do diário oficial do Estado que é feito todos os dias também”, concluiu João Pedro.

Como funciona o local atualmente? A dinâmica do espaço para o público interessado em pesquisas históricas é feita da seguinte maneira. O arquivo fica aberto de 8h até as 17h30 durante toda semana para o público. É importante ressaltar que não é preciso efetuar agendamento, basta apenas comparecer ao local é informar ao responsável pelo espaço qual o assunto a ser pesquisado. Na atualidade, depois da reforma do Espaço Cultural, o local se instalou no Mezanino 01, junto da administração da Funesc, sob a coordenação de Pedro Osmar. A entrada é gratuita.