A exposição batizada de LaborAÇÕES – onde os desvios e delírios tremem é o resultado de pesquisas realizadas no Laboratório de Cerâmica, do Departamento de Artes Visuais (DAV), do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A coletiva se encontra instalada no Hotel Globo, no Centro Histórico de João Pessoa, e pode ser visitada diariamente até 15 de janeiro, das 8h às 17h. A entrada é gratuita.
A curadoria e o projeto são coletivos, contando com Caroline del Rio Degenari, Cures, Diego Rezende, Giulia Assis, Ismael Freitas, Kamyla, Krysna Marques, Louise Barbosa, Lethicia Andrade, Letícia Lima Farias, Lucas Rodrigues, Lucckraz, Maya Oliveira, Renato Sancharro, Rosilda Sá, Thierry de Lima, Thuania Carvalho e Yasmin Formiga.
“Eu estou expondo com jovens e talentosos artistas, que mergulharam seriamente em seus processos criativos artísticos”, apontou a professora Rosilda Sá, que ministrou a disciplina Tópicos em Cerâmica, na Licenciatura e no Bacharelado em Artes Visuais da UFPB. “Passamos quatro meses nos encontrando semanalmente com aulas expositivas, reflexões, produção artística concomitante à produção textual, e riquíssimas discussões sobre o processo criativo individual e o resultado das obras”.
A mostra é composta por esculturas, instalações, performance, videoinstalação e bordado livre manual, apresentando o potencial da cerâmica associada a outros materiais e linguagens que exploram dimensões no campo ampliado das artes. “Enquanto artistas e pesquisadores, nos apropriamos de técnicas e linguagens em arte contemporânea para discutir temas fundamentais: vida, morte, natureza, impacto ambiental, desejo, gênero, sexualidade, heroísmo, saúde mental e diversos outros assuntos atemporais e necessários”, explicou Rosilda Sá.
A coletiva contou com o trabalho do designer Diego Rezende. “Ele criou a bela identidade visual da nossa exposição. Além de Cures e Maya Oliveira, que brilhantemente escreveram o precioso texto de apresentação”, destacou a professora. “É admirável a iniciativa da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) ao disponibilizar os equipamentos culturais da cidade, impulsionando a produção artística e abrindo portas para a participação de novos artistas que discutem temas diversos a partir de suas obras no circuito de exposição de artes visuais”, observou Sá.
“Essa é uma parceria importante que mantemos com professores da UFPB. É a terceira vez que fazemos experiência com docentes. A partir dessas exposições, que têm origem no ambiente educacional, conseguimos identificar novos talentos e dar visibilidade a novos artistas”, declarou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 28 de dezembro de 2023.