Com programação totalmente gratuita, o Campus Festival Arts contou com arte e cultura. O evento, apresentado pelo Ministério da Cultura e Itaú e produzido pela Luz Criações, agregou grande público de diversas idades no dia 20 de maio, com apresentações de dança, exibição de filmes, feira de livros, e encerrado pela Companhia de Teatro Pôr do Sol, de Santa Rita.
Durante a Mostra de Audiovisual, que aconteceu na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, houve exibição dos filmes: o documentário Leve-me Para Sair e as ficções Pingo D’água, O Exercício do Caos, Angústia, Vento Sul e Platô. "O critério de escolha dos filmes que foram apresentados foi feito por uma curadoria de Campina Grande - Rafael Rios e Vinícius Ramos Bezerra, do Indie Cine - , visando detalhar várias estéticas diferentes para o festival. A ideia foi mostrar a diversidade também nos gêneros dos filmes", explicou Leandro Abrahão, produtor do evento na área de cultura e audiovisual.
Na parte de dança, houve apresentação com dez grupos locais, com direito a concurso das melhores apresentações. "Foi uma experiência nova, adorei os jurados e neste momento final, adorei o acolhimento e o resultado. Valeu a pena tanto tempo de ensaio, porque nos esforçamos muito para isso", disse André Felipe, de 18 anos, um dos participantes do concurso.
Durante toda a tarde, o público pode conferir a feira literária com 12 expositores com grande variedade de livros e revistas em quadrinhos. Os clowns - termo usado para o palhaço clássico -também marcaram presença. A proposta foi resgatar a tradição popular e de rua, provocar o público e chamar atenção para o teatro. "Com a dupla de clowns, Espoleta e Coceirinha, nossa intenção foi chamar atenção para a interação entre a cultura geek e a intervenção de rua. Foi um intercâmbio cultural", acrescentou Leandro. Houve ainda apresentações de Swami Marques, que arrancou muitas risadas do público.
Artes cênicas
Um dos momentos mais especiais do Campus Festival Arts foi a apresentação da Companhia de Teatro Pôr do Sol, de Santa Rita. Criado pelo ator Emanuel Moreira, o grupo conta com jovens de 15 a 21 anos e apresentou cenas que retrataram assuntos comuns, como feminicídio e uso de drogas, nas "Cenas Curtas". “A peça tratou de temas pesados e de certa forma comuns para a sociedade. Participar de um evento como este e poder encenar essas histórias foi uma experiência maravilhosa", contou Jéssica Ribeiro, atriz da companhia. "Nós fazemos um trabalho social com o teatro. Trabalhamos com experiências vividas por nossos familiares e amigos. Por meio da arte tentamos despertar e conscientizar as pessoas para assuntos que fazem parte do cotidiano da nossa sociedade”, completou Emanuel.
Para a organização do evento, foi importante o foco na cultura. "Por meio da arte, cultura e educação estamos fazendo nossa parte nessa missão. Missão que muitos acreditaram e nos deram força e suporte pra que esse movimento ganhasse força e a representatividade necessária para impactar transformações", acredita Will Fonseca, da Luz Criações.