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Cineclube “O Homem de Areia” celebra primeiro aniversário com longa premiado

publicado: 01/05/2016 00h05, última modificação: 01/06/2016 16h25
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Inaugurado no dia 10 de junho de 2015, com o filme Relatos Selvagens, o Cineclube “O Homem de Areia” se consolida como um espaço para os fãs do cinema mundial - Foto: Site/Governo da Paraíba

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Guilherme Cabral

A exibição gratuita, em sessão única, a partir das 19h30 de hoje, do premiado filme intitulado Cinema Paradiso, uma produção clássica da Itália e França de 1988, escrito e dirigido por Giuseppe Tornatore, marca a comemoração do primeiro aniversário do Cineclube “O Homem de Areia”, da Fundação Casa de José Américo (FCJA), localizada em João Pessoa. A classificação é 14 anos. Na ocasião, quem vai comentar para o público o longa-metragem, que é uma comédia dramática, será o crítico de cinema Wills Leal.

“A criação e o excelente funcionamento do Cineclube ‘O Homem de Areia’, durante 365 dias, significa que seus cinéfilos e freqüentadores podem comemorar um aniversário de sucesso”, garantiu, para o jornal A União, o presidente da Fundação Casa de José Américo, Damião Ramos Cavalcanti, cujo objetivo, com a decisão de implementar a iniciativa, foi a de resgatar esse tipo de atividade, que foi bem atuante, no passado, na capital. Na época, o projeto - que funciona no auditório da FCJA, localizada na Av. Cabo Branco, nº 3336, no bairro homônimo - foi inaugurado com a exibição de Relatos Selvagens, filme - um drama - argentino de 2014 e dirigido por Damián Szifron.

Embora esteja completando apenas um ano de existência, o crítico de cinema Wills Leal garantiu, durante entrevista para A União, que ‘O Homem de Areia’ já conseguiu atingir seus objetivos de formar público e resgatar esse tipo de atividade. “Os Cineclubes da Ordem dos Advogados do Brasil e da Academia Paraibana de Cinema, que exibem seus filmes nas dependências da Fundação Casa de José Américo, são frutos disso”, ressaltou ele.

Wills Leal também elogiou a qualidade da programação do Cineclube da FCJA. “É um empreendimento da Fundação Casa de José Américo com uma qualidade altamente técnica e com viés muito profissional e... detalhe muito importante: os debates que se sucedem, após as exibições, dão mais participação do público”, disse ele, para quem, a cada filme, as discussões ocorrem de forma não mecânica, abordando aspectos variados, a exemplo da qualidade artística, vinculados à temática tratada na obra cinematográfica. Na opinião do crítico, no momento da exibição, sob o foco da luz do projetor, o filme imprime, nos espectadores, o que ele denominou de “uma força visual muito forte no sentimento”, contribuindo para que o público não apenas veja, mas sinta o que está sendo narrado e apresentado. E, nesse sentido, depois da sessão, cada um pode expor seu ponto de vista sobre aquilo que observou.

Quanto ao filme cuja exibição acontece hoje, Cinema Paradiso recebeu diversos prêmios, a exemplo do Oscar e do Globo de Ouro, ambos na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, em 1990. Protagonizado por Philippe Noiret, Jacques Perrin, Salvatore Cascio, Marco Leonardi e Agnese Nano, dentre outros atores, conta a saga do garoto Totó (Salvatore Cascio), que, anos antes da chegada da televisão em uma pequena cidade da Sicília, era fascinado pelo cinema local. Por causa dessa paixão, o menino iniciou uma amizade com o projecionista Alfredo (Philippe Noiret), conhecido pela facilidade em se irritar, mas que tinha um grande coração. Todas essas lembranças chegam ao agora bem sucedido cineasta Toto (encarnado por Jacques Perrin), após saber - passadas três décadas - da morte do amigo Alfredo.

Inaugurado no dia 10 de junho de 2015, com o filme Relatos Selvagens, o Cineclube “O Homem de Areia” exibiu, pela ordem, Doze homens e uma sentença, O Show de Truman, Laranja Mecânica, Metrópolis, O Estrangeiro e A Separação. Em 2016, foram apresentados ao público, na sequência, até agora, Um corpo que cai, A Fonte da Donzela, 7 Caixas, O Baile e As Horas. Os cartazes dos filmes podem ser conferidos em exposição na Galeria da FCJA, instalada no hall do auditório da instituição, que é vinculada ao Governo da Paraíba.