Guilherme Cabral
“É um filme muito interessante, pois é um resgate do circo. Fico feliz em saber que a crítica tem elogiado e a receptividade do público tem sido muito grande nos locais onde está sendo exibido. Espero que isso também aconteça na capital”, disse para o jornal A União Zezita Matos, uma das atrizes que integram o elenco como a personagem Zezivalda no premiado longa-metragem cearense intitulado Os Pobres Diabos, dirigido por Rosemberg Cariry e que está em cartaz na Sala 8 do Cinépolis Manaíra Shopping, localizado em João Pessoa, em sessões às 13h45, 16h15, 18h30 e 20h45. A Classificação Indicativa é 12 anos. “Foi mais uma grande oportunidade que Rosemberg me deu, pois é o terceiro filme dele onde trabalhei e o quarto já está pronto, cujo título é Folia de Reis, e a previsão de lançamento é para o início do próximo ano. É uma parceria linda, que enriquece muito o meu currículo, pois ele tem dado uma contribuição importante à cinematografia nacional e é fiel ao cinema de autor. Foi mais um desafio”, confessou Everaldo Pontes, outro paraibano que atua na mesma produção como Arnaldo.
Produção de 2013, ano em que já conquistou o Prêmio TV Brasil de Exibição no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, evento no qual também ganhou a premiação do júri popular na categoria de Melhor Longa-metragem, Os Pobres Diabos é uma comédia que apresenta o “Gran Circo Teatro Americano”, uma companhia mambembe que sai perambulando por pequenas cidades dos sertões até chegar à cidade de Aracati, no Litoral do Ceará, onde monta uma peça teatral. No cotidiano do circo, acontecem aventuras protagonizadas por personagens que agem ao modo picaresco dos anti-heróis do romanceiro popular. As dificuldades se acumulam, mas a arte ajuda a superar desventuras e tragédias, diante do lema de que o espetáculo não pode parar. Além de Zezita Matos e Everaldo Pontes, outro paraibano integra o elenco, Nanego Lira, os quais dividem a cena com, entre outros, Chico Diaz, Sílvia Buarque, Gero Camilo e Sâmia Bittencourt.
O longa-metragem Os Pobres Diabos marca o retorno do diretor Rosemberg Cariry à ficção e utiliza o filme para prestar uma homenagem ao circo e, também, para a literatura de cordel. A trama, na qual os personagens estão à deriva, ainda é uma alegoria ao cinema brasileiro, mas aquele que é produzido com baixo orçamento.