Leonardo Andrade
Especial para A União
A cidade de Campina Grande abre as portas para receber o concerto especial do 'Programa de Inclusão Através da Música' (Prima), com a regência da maestrina Priscila Santana. “Será o encerramento de nossas atividades neste ano com um grande espetáculo e um momento de confraternização pelos cinco anos do programa, além da celebração da ampliação da ação para 2018”, destacou o coordenador Milton Dornelas. O evento tem início a partir das 16h desta sexta-feira (29) e acontece no Anfiteatro do Parque Bodocongó, na zona oeste da cidade e será aberto ao público.
O concerto contará com a participação de 170 alunos dos 15 polos do Prima, distribuídos nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Guarabira, Patos, Itaporanga, Cajazeiras e Catolé do Rocha, e será regido pela maestrina Priscila Santana, que antecipou os detalhes do repertório. “Para marcar os cinco anos, montamos um repertório composto apenas por canções brasileiras que marcaram nosso cenário musical, a exemplo de ‘O Trenzinho Caipira’, de Villa-Lobos, ‘Aquarela do Brasil’, de Ari Barroso, e ‘Feira de Mangaio’, de Sivuca”, destacou a maestrina.
“Em fevereiro de 2018 seremos 14 cidades com 24 polos”, informou em entrevista ao jornal A União o coordenador do Prima, Milton Dornellas, referente ao crescimento do programa no próximo ano, que trabalha com o objetivo de proporcionar educação musical, gerando novas perspectivas de futuro para crianças e adolescentes que residem em áreas de vulnerabilidade social. Em 2017, o programa obteve diversos destaques mencionados por Milton. “Foi extremamente importante este ano, pelo redirecionamento administrativo e pedagógico, ampliação de alunos, de polos e instrumentos, além de premiação em evento nacional”, ressaltou Dornellas, relatando ainda que o Prima está entre os quatro mais importantes projetos de música e cidadania do país.
Segundo o coordenador, o programa já possui a capacidade de atender a dois mil alunos e em 2018 outras regiões ganharão novas sedes de atuação, como Sousa e Monteiro, fruto de um convênio entre a Secult e a Fundação Banco do Brasil, além de Bananeiras, Picuí e Pedras de Fogo, resultado de um convênio entre a Secretaria da Cultura e a Fundação Nacional das Artes. Para Dornellas, a tendência do ‘Prima’ é se fortalecer. “Na verdade, o programa reflete no tamanho, o ideal é que ele cresça, mas o importante não é o crescimento e sim a qualidade do serviço. Hoje nós já temos resultados comprovados de alunos que fazem mestrado, passaram nas Universidades aqui na capital, em outros estados e países. Realmente é uma ação que reforça para a construção do cidadão”, finalizou.
Missão
O Programa de Inclusão Através da Música, o Prima, é uma criação do governo do estado da Paraíba que surgiu em março de 2012, com a missão de criar orquestras em comunidades de vulnerabilidade social. O projeto iniciou com apenas 20 alunos na cidade de Cabedelo e hoje já se distribui por diversas cidades do estado paraibano, sempre focando em alunos da rede pública de ensino, acreditando que a música é a mola propulsora do desenvolvimento social e cultural.
O maestro Alex Klein foi o primeiro a comandar a orquestra como regente, mas, em 2016, a flautista, oboísta, educadora musical e maestrina Priscila Santana entrou no programa substituindo Klein. Priscila já participou de turnês com a Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia, com o acompanhamento de grandes nomes da música clássica, a exemplo de Maria João Pires, Lang-Lang e Jean-Yves, e popular, como Maria Rita, Daniela Mercury e Carlinhos Brown.