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'Dia Nacional do Circo' é celebrado em cidades da PB

publicado: 25/03/2018 00h05, última modificação: 25/03/2018 15h32
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Palhaça Decripoleou Totepou, vivida por Odilia Nunes, em cena - Foto: Divulgação

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Guilherme Cabral

O 'Dia Nacional do Circo' é celebrado oficialmente no dia 27 de março, ou seja, nesta terça-feira. Mas a data será comemorada pelo governo do estado - por meio da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) - logo neste domingo (25), de forma simultânea, em três cidades: João Pessoa, com o espetáculo intitulado 'Decripolou Totepou', criação e com performance de Odília Nunes (PE), no Teatro Paulo Pontes; já em Campina Grande, a peça 'As Rosarianas', da Companhia do Rosário; e, no Cine-Teatro São José, em Cajazeiras, a montagem 'AsPalhafatosas' (Coletivo de Palhaçaria Feminina), ambas da Paraíba. Todas essas atrações começam a ser encenadas a partir das 17h e a entrada é gratuita para o público.

“A data está sendo comemorada antecipadamente porque, neste domingo, a população tem mais acesso para ir aos teatros do que num dia útil, durante a semana. A ideia de interiorizar as apresentações tem o objetivo de ocupar esses três equipamentos, que são os teatros administrados pela Fundação Espaço Cultural, além de contribuir para a formação de plateia”, disse para o jornal A União Diocélio Barbosa, gerente operacional da área de Circo da Funesc.

Os três espetáculos têm um ponto em comum, pois são encenados por atrizes. “São palhaças e o objetivo, com isso, é valorizar e incentivar o trabalho das mulheres nas artes cênicas, mostrando assim que as mulheres são capazes e estão conquistando cada vez mais seus espaços”, ressaltou Diocélio Barbosa, para quem a arte circense não vai se extinguir, apesar de já terem sido feitos prognósticos nesse sentido. “Essa arte circense, se antes passava apenas de geração a geração entre as famílias que se apresentavam nos circos, hoje está acessível a quem gosta e os cursos oferecidos pela Fundação Espaço Cultural é um bom exemplo disso”, prosseguiu ele.

No Teatro Paulo Pontes, localizado em João Pessoa, a atração é o espetáculo 'Decripolou Totepou', criação poética da atriz Odilia Nunes, responsável, também, pela adaptação e performance. O título abrevia a frase “de crianças, poetas e loucos todos temos um pouco”. Durante a encenação, a oralidade popular e a expressão corporal provocam e estimulam o imaginário da criatividade. No palco, uma única personagem, chamada Bandeira, é uma palhaça contadora de estórias que carrega na sua maleta todos os sonhos e objetos que encantam a cena. Senhor Moraes (um mamulengo), malabares e truques de magia surgem para encantar a plateia e costurar a narrativa de poesias e parlendas. O figurino construído com material descartado é roupa e cenário sonoro que a atriz veste para inventar espaços e musicalidade. A Classificação Indicativa é Livre.

Já em Campina Grande, o público assiste a peça 'As Rosarianas', no Cine-Teatro São José. Na trama, três mulheres palhaças vão em busca de casamento. Para conseguir tal objetivo, tudo é válido na procura por um pretendente. E, durante a empreitada, o trio passa por situações atrapalhadas, engraçadas, mas permeadas com músicas e muita alegria. Em Cajazeiras, no Teatro Íracles Pires (ICA), que foi reinaugurado há poucas semanas pelo governo do estado, a atração vai ser o espetáculo 'AsPalhafatosas', do Coletivo de Palhaçaria Feminina.

A peça surgiu da iniciativa e provocação da gerência de circo da Funesc para com as palhaças Kika, Cavalera, Cacatua e Maria do Socorro. Trata-se de um experimento, que é uma varieté de palhaças onde cada uma mostra seus números interativos ou introspectivos do seu repertório, intercalando suas variantes e peculiaridades da sua construção pessoal. A direção e o roteiro dessa montagem são coletivos e o elenco é assim integrado: Marinalva Rodrigues (Palhaça Kika), Nyka Barros (Palhaça Cavalera), Irla Medeiros (Palhaça Cacatua) e Cris Leandro (Palhaça Maria do Socorro). A sonoplastia é de Sérgio Bastos.