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Entrevista: Maíra Zaugg, cantora suíço-brasileira, se apresenta hoje em CG

publicado: 09/08/2019 12h14, última modificação: 16/08/2019 09h39
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- Foto: - Divulgação

tags: Maíra Zaugg , Campina Grande , Música , Jazz

*por Igor Lucena
Especial para A União 

Campina Grande vai começar o fim de semana ao som da cantora Maíra Zaugg que se apresenta no Campina Grill Restaurante, no bairro Jardim Tavares. A artista suíço-brasileira ficou conhecida na Europa depois da sua participação no The Voice Kids da Alemanha, programa no qual foi semifinalista. O show acontece nesta sexta-feira (9) e começa às 21h, contando com um repertório que vai do jazz, passando pela bossa nova até a MPB. 

Maíra concedeu uma entrevista para o nosso site e nos contou um pouco da influência que a música brasileira exerce no seu trabalho, ela também nos falou sobre seu novo EP “Identity” (2019), que conta com 5 faixas. 

Confira: 

UNIÃO - Você tem família em Campina Grande e vem para a Paraíba quase todos os anos. Mas já se apresentou na cidade outras vezes? Se sim, como tem sido a receptividade do público?

MAÍRA ZAUGG- Eu já cantei em Campina Grande duas vezes, uma delas foi no FIMUS (Festival Internacional de Música de Campina Grande), foi uma grande honra fazer parte deste festival. Eu sempre achei o público de Campina Grande bem caloroso e muito querido. Eu adoro cantar aqui, é algo bem especial, estou feliz de terminar minha curta turnê, de julho a agosto, aqui em Campina Grande, onde me sinto em casa.

U- Qual a importância da música brasileira em sua formação musical? Existe uma grande influência?

M- A música brasileira sempre foi muito importante na minha formação musical. Cresci ouvindo  canções da MPB, que a minha mãe colocava para mim. Eu costumava cantar as cantigas de roda, já com dois anos, como "Alecrim dourado”. Aos 14 anos, surgiu meu interesse pelo jazz e e comecei a aprender a cantar músicas da MPB e da bossa nova, que fazem parte do repertório de jazz. Desde então a música popular brasileira está muito presente em minha vida. Tenho muitas influências aqui no Brasil como Elba Ramalho e Lenine e as lendas como Elis Regina e Gal Costa. Atualmente tenho ouvido muito Roberta Sá, de quem gosto muito.

U- O que mudou na sua forma de enxergar e fazer música desde 2013 quando  participou do The Voice Kids na Alemanha?

M- Quando eu participei do The Voice Kids na Alemanha percebi que pra mim música é algo que quero fazer com pessoas e não contra pessoas, por este motivo, decidi que não quero participar de outro programa parecido e sim focar em criar músicas autorais e tocá-las com músicos incríveis que encontrei aqui no Brasil.  

U- Como foi o processo de criação e produção do seu EP Identity e o que ele significa para você?

M- O ‘Identity’ significa para mim o primeiro passo num caminho de criar muitas músicas e compartilhá-las com o mundo mostrando um pouco da minha identidade através delas. São músicas bem pessoais,especialmente a faixa “Identity”, que lembra a mim e a outras pessoas de sempre sermos autênticos. Já o processo de produção e criação EP começou em 2015 com as letras, foi um processo que durou três anos. Em 2018, comecei procurar músicos para gravar e o baixista Michael Chylewski me ajudou a fazer os arranjos. Trabalhamos vários meses fazendo os arranjos para cada música e queria criar uma sonoridade única. Claro que cada música vai ficar diferente, mas é um som meu, [quero] que cada música minha possa ser reconhecida por aquela sonoridade, que é algo acústico, com violão, algo bem transparente. Eu gosto de falar transparente porque a música não é preenchida de efeitos e quem ouve encontrará vários detalhes se escutar com calma.