por Guilherme Cabral*
A escritora paraibana Débora Gil Pantaleão está organizando a publicação de dois livros resultantes do trabalho literário que desenvolveu a partir do ano de 2015 até 2019, sendo o primeiro volume reunindo poesia e o outro, contendo prosa. Cada volume custará R$ 60, mas se ambos forem adquiridos, o preço promocional unitário será de R$ 50.
A autora disse estar finalizando a revisão das obras, que deverão sair pela sua própria editora, a Escaleras (www.editoraescaleras.com.br), ainda sem data para publicação, mas durante evento presencial em João Pessoa. A previsão deverá ocorrer entre os meses de fevereiro e março.
“Eu reuni todos os meus livros que tinha publicado desde 2015, quando fundei a editora Escaleras, até 2019 e que já estão esgotados. No caso do volume de prosa, entraram as novelas chamadas Causa Morte, de 2017, e Repito coisas que não lembro, de 2019, além da obra de contos Nem uma voz humana, de 2019. Não entrou o meu último romance, Uma das coisas, porque o lancei em 2020”, justificou ela. “No volume de poesia, inclui os livros de poemas chamados Se eu tivesse alma, de 2015; Vão remédio para tanta mágoa, de 2017; Sozinha no cais deserto, de 2017, e Objeto ar, lançado em 2018”, informou a autora.
Débora Gil Pantaleão acrescentou que no volume de poesia ainda incluiu cerca de 10 novos poemas. “Essas poesias foram escritas principalmente em 2021, durante a pandemia da Covid-19, mas que não usei como inspiração. Os temas são diversos, como a questão política e as relações amorosas. Eu não vou chamar de inéditos porque tem dois já publicados em antologia”, confessou ela, que fez a escolha dos poemas com o auxílio de uma amiga, Ana Ximenes Oliveira. “A seleção dos poemas foi mais fácil e tranquila, porque fui exigente, em razão do distanciamento que tive a partir do momento em que os escrevi até os dias de hoje”, disse a autora e editora.
Para Débora Gil, é significativo ter começado a publicar os livros a partir de 2015 e, agora, poder lançá-los em coletânea em 2022. “Eu sempre tive o desejo de republicá-los novamente e a reunião em coletâneas é uma forma econômica para os leitores, além de oferecer-lhes a oportunidade de possuírem as edições físicas dessas obras”, comentou.
A escritora lembrou que o desejo de poder publicar novos autores a levou a fundar a Escaleras. “Esse era um sonho simples o de lançar, de maneira independente, obras escritas principalmente por mulheres. Ter uma editora independente é muito sofrido, mas a flexibilização das medidas de segurança sanitária tomadas com a vacinação contra a Covid-19 já vem contribuindo para a realização de eventos presenciais. Porém, é bom que surjam mais editoras como a que criei”, disse ela.
A propósito, Débora Gil Pantaleão lembrou que o primeiro evento presencial realizado pela Escaleras ocorreu no dia 12 de dezembro, em João Pessoa: o lançamento de Coleção Desaguamentos, coletânea que organizou com Ana Ximenes Oliveira e que reúne textos de 45 poetas do país, inclusive da Paraíba. “As atividades já vêm sendo retomadas aos poucos, com toda a precaução, e pretendo lançar os dois volumes também com presença de público”, concluiu ela.
Segundo volume de ‘Prosas de Oficina’ sairá no mês de junho
Outro projeto capitaneado pela escritora Débora Gil Pantaleão é lançar o segundo volume do livro Prosas de Oficina, evento que pretende realizar no próximo mês de junho, durante a terceira edição da feira de livros da sua editora, a Escaleras.
A obra, contemplada pela Lei Emergencial Aldir Blanc, através do Prêmio Parrá, da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB), reunirá textos das alunas, alunos e alunes que participaram das oficinas e cursos em escrita por ela ministrados entre os anos de 2019 e 2021.
“A Lei Aldir Blanc nos deu a oportunidade de dar continuidade a esse trabalho, através do Prêmio Parrá. Em vez do que fiz no lançamento do primeiro volume, ocorrido em 2018, quando convidei alguns participantes para o projeto, desta vez pretendo, depois, disponibilizar um formulário para aqueles que estiverem interessados em participar enviarem os seus textos para que eu selecione quais vão entrar no livro”, disse Débora Gil Pantaleão.
A escritora e editora ainda lembrou que, no primeiro volume, colocou os textos dos autores participantes e incluiu o mote que originou cada escrito. “Acredito que vou manter a mesma estrutura”, apontou ela, que ainda continua ministrando os cursos, mas apenas no formato virtual, apesar da pandemia. “Quando comecei a ministrar oficinas de Escrita Criativa foi porque acreditava no poder de estar juntas, juntos e juntes, criando e percebendo mundos. Em 2018, lançamos pela Editora Escaleras o primeiro volume, o que foi um dos momentos mais felizes da minha vida”, analisou Débora Gil Pantaleão.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 04 de janeiro de 2021