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Exposição Afetividades está em cartaz no Hotel Globo

publicado: 19/12/2023 08h47, última modificação: 19/12/2023 08h47
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Coletiva assinada pelos artistas visuais Eliz Patrício, Fany Miranda e Guilherme Semmedo aborda o processo de afetividade em vários âmbitos, seja no social ou no sagrado - Foto: Hotel Globo/Divulgação
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por Da Redação*

Está aberta até o dia 15 de janeiro, no Hotel Globo, Centro Histórico de João Pessoa, a exposição Afetividades, coletiva dos artistas visuais Eliz Patrício, Fany Miranda e Guilherme Semmedo. A mostra gratuita fica aberta à visitação diariamente, das 8h às 17h.

Eliz Patrício conta com duas obras da série Devoção da Cor e uma Iemanjá que faz uma reflexão sobre o lixo encontrado nas praias: Ìbínu Yemanjá - A fúria da Yemanjá. “Em meu trabalho, apresento questões que dialogam com o sagrado, através de imagens que representam a fé enquanto processo de afetividade e resistência, de lugar de encontro”, explicou a artista.

Através das suas obras, ela busca falar sobre aspectos do sagrado em âmbito social, na preocupação em apresentar novos significados, vivências e sentimentos. “Dessas relações trago contrapontos ao que pode-se dizer devoção, adoração ou santidade, caminhando por um viés contemporâneo. Desse processo, as cores surgem impregnando novos significados, novas formas, força e sensibilidade”.

Na mostra com uma tela grande, escrito com a técnica de spray “afeto cura”, Fany Miranda frisou que sempre trabalha a temática do afeto. “Eu sou calígrafa há 20 anos e a minha tela tem uma escrita feita a seis mãos: eu e minhas duas filhas, de cinco e 13 anos. Foi realmente uma interação entre nós três”, contou a artista. “Ela foi feita com muito amor, muito afeto. Acredito muito em energia. Em tudo que eu faço, quero que as pessoas saiam bem, renovadas. É uma tela que está envolvida com muito amor e muito carinho familiar. Então, minha expectativa é que as pessoas olhem e se sintam bem, que percebam que foi feita com muito afeto. Foi uma brincadeira saudável e o que eu quero passar com essa obra é a cura pelo afeto”.

Já entre os trabalhos que Guilherme Semmedo expõe em Afetividades, há uma obra grande que envolve a família. Para ele, este é um momento de incentivo para voltar a produzir e fazer novas exposições. “Tem alguns trabalhos do meu filho, uma criança. São abstratos e como se trata de afetividade, também fazem parte”, apontou ele. “A expectativa é que a exposição contribua para dar uma arrancada, valorizar a nossa cultura. Acho que o tema Afetividades foi uma sacada muito boa, inclusive para despertar o jovem, porque arte é cultura, é vida, é transformação”.

Para Semmedo, a exposição é muito positiva para todos. “Nós, artistas, para a gestão, para dar uma outra visibilidade ao mundo que está meio perdido, incentivando também as visitas, levando as pessoas a conhecer as outras artistas que são nomes bem expressivos”, completou o artista.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 19 de dezembro de 2023.