Um domingo por mês. Essa será a periodicidade da Feira de Antiguidades do Nordeste na Fundação Casa de José Américo (FCJA), em João Pessoa. Realizada entre as 10h e as 17h, desse domingo (8), a primeira edição da feira fez tanto sucesso que os antiquários já confirmaram a participação nas próximas realizações. O evento contou com a visita do governador da Paraíba, João Azevêdo, e da primeira-dama do estado, Ana Maria Lins, entre outras personalidades do meio político e cultural de João Pessoa.
A confirmação de que a feira acontecerá mensalmente foi dada pelo seu curador, o jornalista Gerardo Rabello, ao final do evento. Com a experiência de uma década como responsável pelas feiras de antiguidades do Solar do Conselheiro, no Centro Histórico da capital, Gerardo aceitou o convite do presidente da FCJA, Fernando Moura, e comprovou que a Capital estava carente de um evento do tipo. “É um momento cultural e muito produtivo, pela oportunidade de novos contatos e o intercâmbio de conhecimentos – mas era um espaço que tinha se fechado em João Pessoa”, diz.
A partir de agora, no entanto, esses expositores (da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte) terão acolhida na Fundação Casa de José Américo. O expositor Jocimar Dantas, de Natal, que já tinha participado de outras feiras sob a curadoria de Gerardo, mostra-se feliz por retornar à capital paraibana. “Este espaço é maravilhoso. Queremos que a feira siga sendo realizada em João Pessoa, e aqui é um lugar muito bonito”, diz ele.
De tudo um pouco – Durante todo o domingo, o hall do auditório da FCJA esteve enfeitado de porcelanas, pratarias, cristais, arte sacra, porta-retratos, canetas, broches, quadros, relógios – e mais um sem número de peças cheias de história, cuidadosamente dispostas pelos expositores em mesas forradas de cetim preto. No pátio em frente ao auditório, em meio a oito carros antigos em exposição, a Patrulha Musical da Polícia Militar da Paraíba tocou para o público. Na cantina, logo ao lado, havia lanche e almoço para quem decidisse esticar a manhã.
Como esse domingo também foi dedicado à luta da mulher por espaço e respeito, com a passagem do Dia Internacional da Mulher, a atriz Zezita Matos, acompanhada pelo violão de Carlyto Campos, declamou poesias de autores paraibanos – entre os quais, o próprio José Américo de Almeida. Entre os poemas do patrono da Casa, o escolhido foi “Elegia”, que ele escreveu para a sua esposa, d. Alice. Por fim, no auditório, foi exibido o clássico “Aruanda”, curta-metragem do cineasta paraibano Linduarte Noronha, com comentário do professor João de Lima.