Mais uma mulher escritora, desta vez paraibana, será destacada na cidade de Boqueirão, no Cariri paraibano. A 7ª Feira Literária de Boqueirão (Flibo) homenageia a poeta Anayde Beiriz com o tema “Resistência e sensibilidade: vozes da literatura feminina”. O evento acontece de 18 a 20 de agosto, em diferentes espaços da cidade. Este ano, encontro com autores, oficinas, minicursos, bate-papos, recitais, contações de histórias, entre outras atividades gratuitas serão acessíveis a todos os públicos. No dia 17, a partir das 9h30, acontece a tradicional Marcha Literária, percorrendo as principais ruas da cidade com alunos e as bandas marciais, dando as boas-vindas ao evento.
A coordenadora da Flibo, Mirtes Waleska Sulpino, explicou que o evento terá dois lançamentos destaques este ano. Logo na abertura, todo o universo poético da escritora homenageada será mostrado pela autora da História em Quadrinhos (HQ) de Anayde, Sabrina Bezerra, lançada este ano pela Patmos Editora. Depois, haverá o lançamento da revista de cultura Piriah, do Governo do Estado.
A programação da 7ª Flibo durante o dia oferece oficinas, minicursos, apresentações culturais das escolas e contação de história. Destaque para as oficinas de Escrita Criativa com o escritor Bruno Ribeiro e de mini-livros com a poeta do Rio Grande do Sul, Cláudia Gonçalves, que também fará uma exposição durante a feira. “É possível encontrar livros e cordéis com preços acessíveis, artesanato local e lembrancinhas do evento. Todas as atividades são gratuitas e atendem a todos os públicos. Dê passagem ao universo da literatura e desfrute das surpresas que ele pode oferecer. Vem pra Flibo! Boqueirão te espera”, convidou Mirtes, que realiza o evento através da Associação Boqueirãoense de Escritoras (Abes).
Anayde - A homenageada era poetisa e professora, sendo precursora da educação de jovens e adultos na Paraíba, viveu a juventude na Paraíba de 1920. Anayde escandalizou a sociedade porque usava pintura, cabelos curtos, saía sozinha, fumava, não queria casar nem ter filhos, escrevia versos impactantes para a intelectualidade paraibana e ainda escrevia para jornais. Ficou mais conhecida pelo envolvimento num fato marcante no cenário nacional, como amante de João Dantas, que matou João Pessoa por motivos políticos em 1930,quando ele era presidente da Paraíba.