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Felipe Gesteira lança hoje dois novos livros infantis

publicado: 18/04/2024 09h52, última modificação: 18/04/2024 09h52
As duas obras terão sessão de autógrafos na Casa Toca, em João Pessoa
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Felipe Gesteira aborda educação antirracista e povos originários | Foto: Laura de Andrade/ Divulgação - Foto:

por Felipe Gesteira*

Quase todo mundo já teve desejo de voar ou de poder correr numa velocidade sobre-humana, tal qual um super-herói. Esses sonhos de criança (e de muitos adultos) são as premissas dos dois livros infantis que o jornalista e escritor Felipe Gesteira lança hoje numa data muito especial: o Dia Nacional do Livro Infantil. O evento ocorre a partir das 16h30, na Casa Toca, na capital. As obras são Quem Vai Chegar Primeiro? e O Sonho de Zupt! e contam com ilustrações dos artistas paraibanos Meiacor e Luyse Costa, respectivamente.

No primeiro livro, duas crianças que almejam correr como um deus – Hermes ou Mercúrio, segundo a nomenclatura grega ou romana – passam a conhecer a mitologia africana através do avô de uma delas, que lhes apresenta Exu, entidade que segundo a narrativa mítica se desloca na velocidade da luz. Já a segunda obra traz Zupt!, um bambu com um desejo incomum: ele quer voar. E para realizar tal intento, ele se transforma numa flecha, ferramenta de extrema importância para a defesa dos povos originários. “Tive o cuidado de fugir do clichê, não queria escrever mais um livro sobre o menino índio defendendo a natureza”, detalha o escritor.

Na infância, os primeiros contatos de Gesteira com a literatura se deram não através dos livros, mas dos quadrinhos. Depois que se tornou pai, Felipe montou uma pequena biblioteca caseira com mais de 100 livros infantis. “As crianças são leitoras muito atentas. E eles sempre releem, sempre revisitam, como se fosse um brinquedo”, relata.

Apesar de tratarem de temas complexos e em  alguma medida sensíveis para os dias atuais, Gesteira afirma que os livros não pretendem propor ou defender ideologias; seu objetivo, ao abordar a narrativa de países africanos e o cotidiano de povos originários, é fazer com que seu público leitor conheça estes universos, novos para muitos deles. “Acho importante tratar de religião com as crianças, mais na forma do respeito à crença de cada um. O livro toca primeiro no respeito à cultura de cada povo, de cada raça”, explica Gesteira.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 18 abril de 2024.