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Francisco Gil Messias toma posse hoje na APL

publicado: 02/09/2025 08h54, última modificação: 02/09/2025 08h54
Novo membro da Academia Paraibana de Letras foi candidato único em julho
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Francisco Gil Messias, na Academia Paraibana de Letras | Foto: Evandro Pereira

por Esmejoano Lincol*

O cronista e jurista Francisco Gil Messias toma posse, hoje, como imortal da Academia Paraibana de Letras (APL). O evento, aberto ao público, ocorre a partir das 18h, na sede da instituição, situada no Centro de João Pessoa. O novo membro será recepcionado por Hildeberto Barbosa Filho, também acadêmico. Messias ocupará a cadeira de número 24, que pertenceu ao escritor e político Evaldo Gonçalves de Queiroz, falecido em janeiro deste ano; o patrono da vaga, por sua vez, é o artista plástico Pedro Américo.

Em julho, Gil Messias concorreu em chapa única para a última eleição da APL: recebeu, na ocasião, 34 votos. Formado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ele atuou como procurador na mesma instituição por mais de duas décadas. Já a carreira literária começou a ser consolidada a partir de 2009, quando começou a publicizar os seus primeiros textos em jornais e blogs paraibanos. De lá para cá, publicou três livros com reuniões de crônicas e ensaios — o mais recente deles foi O Redator de Obituários, de 2022.  

O novo imortal destaca a importância da APL na consolidação de parcerias com governos e entidades públicas, a exemplo do projeto O Livro Falado: neste, acadêmicos compartilham, em vídeo, trechos de importantes obras paraibanas como Eu e Outras Poesias, de Augusto dos Anjos. O material foi destinado a alunos de escolas públicas da capital. “Essas colaborações são fundamentais para manter a instituição e renová-la constantemente. A Academia não pode ser um ente distanciado da sociedade em que está inserida”, aponta.

Entre as ações que pretende encampar a partir de seu ingresso na APL, está a elaboração do Prêmio Literário Augusto dos Anjos, em reverência ao trabalho de autores paraibanos. Gil Messias sugere que um júri escolha, anualmente, os melhores trabalhos em verso e prosa, nos moldes de premiação similar ofertada pela Academia Brasileira de Letras (ABL). “Por enquanto, ainda é apenas uma ideia, não está detalhada, pois será oportunamente objeto de análise da Academia”, assinala.

Adiantando parte do discurso desta noite, Francisco Gil Messias diz que, seguindo o protocolo, prestará tributo ao patrono da vaga, Pedro Américo, (responsável pelo famoso quadro “Independência ou morte”, de 1888) e ao fundador da cadeira 24, Horácio de Almeida (autor do livro Brejo de Areia, de 1958). “[Comentarei ainda] sobre os meus antecessores na cadeira: José Joffily e Evaldo Gonçalves de Queiroz. E falarei também, claro, sobre mim, minha trajetória, minhas gratidões e a minha visão sobre a Academia e a literatura”, conclui. 

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 2 de setembro de 2025.