Notícias

Galeria Gamela realiza a mostra "Razões", que inclui obras de Elpídio Dantas

publicado: 15/02/2017 00h05, última modificação: 15/02/2017 01h04
artista.jpg

O artista paraibano Elpídio Dantas era natural do município de São Bento, e faleceu no último dia 9, em João Pessoa - Foto: Reprodução/Youtube

tags: elpídio dantas , galeria gamela , exposição razões


Guilherme Cabral

O artista plástico paraibano Elpídio Dantas morreu aos 63 anos de idade, na última quinta-feira (9), mas sua obra permanece na Gamela, instalada na cidade de João Pessoa. Com algumas pinturas e esculturas produzidas recentemente, em 2013 e 2014, ele é um dos integrantes da exposição coletiva intitulada Razões, que reúne mais de 20 participantes e vai permanecer aberta à visitação do público na galeria até o final deste mês de fevereiro. Por isso, diante do acontecimento, a marchand Roseli Garcia confessou, para o jornal A União, que o evento passou a ter caráter de homenagem póstuma. A propósito, a mostra - que pode ser apreciada de segunda a sábado, das 9h às 19h, e, aos domingos, por agendamento prévio pelos números de telefones 3226-1436, 99962-7969 e 98815-5944 - é composta por trabalhos criados em vários estilos e técnicas, a exemplo de gravuras, desenhos e objetos.

“Elpídio Dantas foi um artista que deu uma contribuição muito grande para levar o nome da Paraíba para o resto do Brasil e ao exterior. Por problemas de saúde, ele não vinha produzindo tanto, ultimamente. É um dos nomes mais importantes da Artes Visuais e sua morte é uma grande perda, que nos dá uma lição de como a vida é efêmera e devemos nos apegar a Deus. É, também, um momento para reflexão diária de todos nós e nos lembra a passagem bíblica de que a vida passa como um conto”, disse, para o jornal A União, a marchand da Gamela, Roseli Garcia, acrescentando que, ao longo da existência da galeria - fundada no dia 22 de maio de 1980 e que completará 37 anos em 2017 - viveu a mesma triste experiência de saber da morte de um artista que, ao falecer, participava de exposição no local.

Roseli Garcia disse, ainda, que a escolha o título da exposição coletiva se justifica. “Razões é um termo bem subjetivo, que pode significar, por exemplo, agradecimento por alguma coisa, ou, então, pelo fato dos artistas continuarem a produzir, ou, ainda, para desejar um mercado cada vez mais favorável para as Artes Visuais”, disse ela.

Além de Elpídio Dantas, a coletiva inclui vários artistas plásticos paraibanos, a exemplo de Flávio Tavares, Fred Svendsen e o saudoso Hermano José (1922 - 2015). Mas também participam outros nomes que estão radicados no Estado, como o pernambucano Miguel dos Santos. As obras que integram a mostra, de acordo com a marchand Roseli Garcia, pertencem aos próprios artistas, ou a seus familiares.

O corpo de Elpídio Dantas - que era natural da cidade de São Bento, localizada no Sertão da Paraíba, e faleceu na última quinta (9) - foi sepultado no dia seguinte, em João Pessoa, cidade para a qual havia se mudado em 1974. Durante o velório foram expostas várias de suas obras. Ele faleceu no Hospital Napoleão Laureano, onde estava internado para ser submetido a tratamento de um câncer. Ele deixou a mulher e três filhos.