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Giovani Cidreira faz show em João Pessoa

publicado: 11/12/2025 09h02, última modificação: 11/12/2025 09h02
Apresentação ocorrerá na General Store, a partir das 19 horas
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O cantor baiano apresenta músicas do disco que vai lançar em 2026 | Foto: Divulgação/Gabriel Renné

por Esmejoano Lincol*

Celebrando 10 anos de carreira, o baiano Giovani Cidreira pensa nas mudanças pelas quais o mercado fonográfico brasileiro passou ao longo dos últimos anos e na evolução que ele percebeu em si mesmo, nesse período. “Quando eu saí de Salvador, não sabia nem o que era assessoria de imprensa. Nós fomos criados num ambiente que não era esse. A música sempre foi coisa de gente rica, né?”, aponta. O show voz e violão que comemora sua trajetória na arte e que tem circulado no Brasil chega hoje a João Pessoa: o cantor apresenta-se na General Store, situada no Centro da cidade, às 19h. Os ingressos podem ser adquiridos por meio do site Shotgun, ao preço único de R$ 15; após o encerramento deste lote, o preço subirá para R$ 20.

O repertório de Giovani conta com faixas de seu próximo disco, gravado ao vivo em São Paulo e que chegará às plataformas de streaming em 2026. Mas o artista acrescenta à empreitada registros de álbuns antigos — entre eles, Carnaval Eu Chego Lá, de 2024, um tributo ao conterrâneo Ederaldo Gentil, falecido em 2012. “A continuação da obra dele, a existência dela para outras pessoas, é prova de que há música verdadeira sendo feita ainda. E uma música que trata muito da gente, do nosso povo. E eu acho que, no momento do mundo, do Brasil, de tudo, as coisas são tão superficiais, não é? E tão simples”, justifica.

Neste ano, Giovani lançou dois singles. O primeiro deles, “Conmigo”, parceria com Big Melão, Dunna e Rei Lacoste, fruto de um show feito com o trio, na Colômbia. A “química” à primeira vista foi levada ao estúdio, na produção dessa canção quase improvisada. O segundo, “Herança” — dueto com a cantora mineira Urias. “Essa faz parte de uma leva de coisas que eu estava fazendo com a Urias, para o álbum novo dela, Carranca, que tem músicas compostas por mim, por outros compositores e por ela. E essa foi a faixa que eu acabei cantando. Estou muito feliz com esse momento, porque esse disco ficou muito lindo, né?”, aponta.

Fazendo um paralelo entre o intérprete e compositor que foi no passado e aquele que é hoje, Giovani Cidreira assevera que sabe, agora, o lugar que ocupa na indústria da música. Tal posição, de acordo com o artista, faz com que ele escape de certas imposições do mercado, pautado por e para pessoas mais abastadas. “Tenho muita alegria desse lugar que galguei e orgulho de não desdobrar as coisas que eu faço, de não bater em certas portas, de não receber tapinha nas costas. O importante é você construir sua realidade e fazer o seu próprio caminho. Colocar um copo vazio todo dia no mesmo lugar até que isso seja verdade”, resume.  

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 11 de dezembro de 2025.