A diversidade narrada através do olhar da diretora Angela Zoé sobre a história e a vida de Jacqueline Rocha Côrtes, uma mulher transexual portadora do vírus da Aids, que precisou e que ainda precisa superar obstáculos para viver sua vida da melhor forma possível, quebrando paradigmas e derrubando preconceitos. Este é o foco do filme “Meu nome é Jacque”, que estreia nessa sexta-feira (15), no Cine Teatro São José, em Campina Grande e no domingo (17), no Cine Banguê do Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa.
Nas duas ocasiões, a personagem central do documentário vai participar de rodas de diálogos com o público. A ação é uma realização do governo do Estado por meio da Secretaria Estadual da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH) e da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc).
“A partir do momento que uma pessoa como você, vivendo com Aids, com a transexualidade, que é uma diversidade, está no governo, na chefia de uma área de cooperação internacional, só a sua presença numa reunião externa, já é uma quebra de paradigma”, explica Jacqueline. O filme aborda questões como diversidade, preconceito e superações através dos depoimentos de Jacque e amigos, familiares, colegas e médica.
Sobre o tema
A identidade de gênero trans é referente às pessoas que nasceram biologicamente com sexo feminino ou masculino, mas se identificam com outro gênero e buscam adequar seu corpo e imagem ao gênero que se identificam. O Governo do Estado oferece serviços para atendimento dessa população, como o Centro de Referência Estadual de LGBT (Espaço LGBT) e o ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais, no Hospital Clementino Fraga. Os serviços cuidam da saúde de forma integral e da cidadania, com médicos especialistas, psicólogos, assistência social, endocrinologistas e ambulatorial.
“O tema da transexualidade se expressa sob várias nuances, incluindo o cultural. Visibilizar por meio de um filme a trajetória de Jaque significa falar da luta de uma mulher trans, através de sua história de vida, que contou com apoio da família e também de sua atuação no governo federal e na ONU, que colaboraram com a transformação de paradigmas”, disse a secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares.
“Meu nome é Jacque” é uma coprodução da Documenta Filmes, Globo Filmes e Globonews, com patrocínio da UNAIDS, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, da ONU Mulheres e da ANCINE. A estreia em João Pessoa e Campina Grande conta com apoios do Hotel Village, do Espaço LGBT (Centro Estadual de Referência dos Direitos de LGBT e enfrentamento à homofobia da Paraíba) e da deputada estadual Estela Bezerra.
Sinopse
O documentário “Meu Nome é Jacque”, conta a história da ativista Jacqueline Rocha Côrtes, mulher transexual brasileira e militante na luta contra a Aids e pelos direitos das pessoas trans que vivem com HIV e Aids. Portadora do vírus HIV há 22 anos, sua jornada é marcada por desafios e conquistas, como seu papel de representante em redes e movimentos sociais, do governo brasileiro e da Organização das Nações Unidas. Hoje casada e mãe de dois filhos, mora numa pequena cidade onde leva a vida voltada para a família. Ao acompanhar o cotidiano de Jacque, o filme aborda a diversidade do ser humano, levantando uma reflexão sobre o preconceito, a homolesbotransfobia e a identidade de gênero. |72 min. Classificação 12 anos - Conteúdo Sexual e Linguagem Imprópria.
Serviço:
Estreia do filme "Meu nome é Jacque", da diretora Angela Zoé
Cine Teatro São José, Campina Grande
Dia: 15 de julho
Horário: 19h
Presença confirmada de Jacque
Entrada Gratuita
Cine Banguê, João Pessoa
Dia: 17 de julho
Horário: 18h
Presença confirmada de Jacque
Entrada Gratuita