Não é à toa que a Fundação Casa de José Américo (FCJA) tem esse nome: os alicerces da entidade foram realmente o “lar, doce lar” do político e escritor paraibano. Da orla do Cabo Branco para o bairro de Tambaú — permanecendo essa ideia —, a recém-inaugurada unidade da FCJA, na Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 122, chama a atenção por conta de um grafite de cores vibrantes e com a frase “Ler, doce lar”, iniciativa elaborada pelo artista paraibano Américo Gomes de Almeida Filho, mais conhecido como Meiacor.
No grafite, atualmente, Meiacor integra o coletivo Acervo 03, com os artistas Bárbara Mesquita e Pedro Molinga. “Fui chamado pela Secult-PB para fazer esse painel na FCJA, eles tinham uma ideia formada com elementos culturais que a casa traz, mas quis dar a minha cara. Bárbara e Pedro me ajudaram muito no processo de execução, que durou quatro dias”.
O artista visual ainda comenta que a conversa com o presidente da FCJA, Fernando Moura, foi importante para o processo criativo. “A ideia de brincar com as palavras, com a frase ‘Ler, doce lar’, veio de Fernando e construí as imagens a partir disso”, revela Meiacor.
Alguns trabalhos recentes do coletivo Acervo 03 são os painéis do Polo do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima), localizado na Escola Plácido de Castro, em Oitizeiro, na capital paraibana; e o do Abrigo de Idosos Amem, localizado no Renascer II, na cidade de Cabedelo.
Um anagrama de “Américo”, Meiacor é um artista visual formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 2011. Sua produção é voltada para a animação, a ilustração e para o grafite. No segmento da ilustração, fez parte do coletivo DIA, composto por ele e pelos artistas visuais Daniel Ferreira e Izaac Brito. Juntos, eles participaram de várias exposições, algumas delas na Estação Cabo Branco, em João Pessoa.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 10 de abril de 2025.