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Instalação de artista pessoense abre programação do ‘Panapaná’

publicado: 05/11/2017 12h21, última modificação: 05/11/2017 12h21
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Fabiano Gonper aborda em seus desenhos, esculturas, vídeos, fotografias e instalações, questões sobre o sujeito, o poder, a arte, a política, a sociedade e o sistema da arte - Foto: Funesc

tags: projeto panapaná , funesc , artes visuais , exposição , espaço cultural


A Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (Funesc), por meio da sua Gerência de Artes Visuais e da Galeria Archidy Picado, abre nesta segunda-feira (6) a segunda edição do projeto ‘Panapaná – Novembro das Artes Visuais’. Na abertura do evento, o artista visual Fabiano Gonper inaugura a instalação ‘Horizonte Inconstante’, na Praça do Povo do Espaço Cultural. A atividade está agendada para as 19h.

A programação do ‘Panapaná’ se estende até o sábado (11), com as atividades concentradas no Espaço Cultural José Lins do Rego. O objetivo da ação é dialogar com os artistas locais e a comunidade, por meio de exposições, leitura de portfólio, palestra e intervenções artísticas.

A programação traz, ainda, duas exposições. No espaço expositivo Alice Vinagre (mezanino, acesso rampa 1), a artista Alessandra Soares expõe ‘Da Margem, de Cá’, a partir do dia 8. Já a Galeria Archidy Picado recebe a exposição individual ‘Entre Falas’, de Adriana Aranha, a partir da sexta-feira (10).

Raphael Fonseca, curador do MAC-Niterói (RJ), vai proferir a palestra ‘Construções do Brasil no vaivém da rede de dormir’, no dia 10, a partir das 18h, no auditório da Eman. No dia 11, ele fará a leitura de portfólio.

A programação dá continuidade ao projeto lançado no ano passado com o objetivo de estabelecer uma agenda de ações de modo que a Fundação Espaço Cultural da Paraíba consolide sua atuação nas artes visuais no contexto da arte contemporânea.

'Horizonte Inconstante'

As relações entre natureza e cidade, paisagem natural e paisagem cultural, as questões sociais e políticas como instâncias de uma visão ampliada de paisagem, de horizonte e de perspectiva nortearão a construção da obra/intervenção ‘Horizonte Inconstante’, que neste contexto surge como um desvio dentro do processo de trabalho do artista Fabiano Gonper.

“Mesmo com esse novo caminho de pesquisa, não pude deixar me orientar e contaminar por questões recorrentes no meu trabalho, como o poder, a arte, o sujeito, e assim todo esse arcabouço de questões e representações dos trabalhos anteriores poderão ser transmutados e aproximados da ideia de paisagem, de algum tipo de natureza”, revela o artista visual.

Nesse sentido, ‘Horizonte Inconstante’ surge como uma área de resistência e pensamento crítico a partir da experiência homem/natureza, sujeito individual/sujeito coletivo, arte/contexto/lugar.  Resultado de uma experiência que se dará durante o seu processo de construção, a obra não tem caminhos pré-definidos, só algumas diretrizes e será orgânica e cheia de desvios, o que torna ‘Horizonte Inconstante’ algo ainda sem corpo, sem forma. Isso é ao mesmo tempo um desafio e um risco assumido, o de construir uma obra a partir de apropriações, aproximações, recuos e distanciamentos que surgirão nos seus dias de construção e desmoronamentos simultâneos de intenções, de poética, de conceitos.

Fabiano Gonper vive e trabalha em João Pessoa (PB) e São Paulo (SP). Ele aborda em seus desenhos, esculturas, vídeos, fotografias e instalações, questões sobre o sujeito, o poder, a arte, a política, a sociedade e o sistema da arte. Frequentou os cursos de escultura da Funesc em 1989 e 1990. Na segunda metade dos anos de 1990, participou de oficinas e workshops em João Pessoa e em 1999 foi artista-residente da Escola Superior de Artes Visuais de Genebra (Suíça). Entre 2003 e 2005 foi diretor da galeria de Arte Archidy Picado (Funesc). Foi também um dos idealizadores e coordenou o OZ – Espaço Experimental de Arte e Residência Artística em João Pessoa.

Participou de diversas exposições nacionais e internacionais, com destaque ‘Para Além do Ponto e da Linha’, Museu de Arte Contemporânea MAC/USP (São Paulo 2013), ‘IX GwangjuBiennale’ (Gwangju / Coréia do Sul 2012), ‘Street Biennale’ (São Paulo 2010), ‘Bienal de Cuenca’ (Cuenca / Equador 2004), ‘Caos e Efeito’ (Itaú Cultural / São Paulo 2011), ‘Nova Arte Nova’ (Centro Cultural Banco do Brasil / Rio de Janeiro 2008), ‘O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira’ (Itaú Cultural São Paulo 2005), ‘Geração da Virada’, Instituto Tomie Ohtake (São Paulo 2006), ‘Panorama da Arte Brasileira’ (Museu de Arte Moderna de São Paulo 1999 e 2005), entre outras.

Realizou exposições individuais na Pinacoteca/UFPB (João Pessoa 19697), no NAC /Núcleo de Arte Contemporânea (João Pessoa 2000), na Galeria Archidy Picado (João Pessoa 2001), no Museu de Arte Contemporânea de Goiás (Goiânia 2002), Fundação Joaquim Nabuco PE (Recife 2003), Paço das Artes (São Paulo 2004), PurdueUniversity (2005) e nas galerias A Gentil Carioca (Rio de Janeiro), Galeria Baró (São Paulo), Galeria White Project (Paris) e Galeria Blanca Soto (Madrid), entre outras. Tem obras em acervos públicos e coleções privadas no Brasil e no exterior.