Entre os dias 11 a 16 deste mês, as cidades de Itabaiana e Juripiranga serão transformadas em capitais da sétima arte na Paraíba. É quando acontece a Semana do Audiovisual do Vale do Paraíba, com mostras diversas de produções nacionais e paraibanas. O evento, que homenageia o ator, dramaturgo e diretor paraibano Fernando Teixeira, é resultado da fusão dos festivais Cine das Almas (Itabaiana) e Cine Paraíso (Juripiranga).
Itabaiana será a primeira cidade a receber a programação. De amanhã a quarta-feira, a terra de Vladimir Carvalho receberá as mostras Oxe (paraibanos), Acunhe (nacionais), Saci-Pererê (infantojuvenil) e Mostra das Almas (terror e suspense). Logo depois, entre os dias 14 e 16, as cortinas se abrirão em Juripiranga.
Lá, as mostras também se dividem em produções locais e de outros estados, com títulos como Fruto Proibido, Panorama Nacional, Parahyba e InfantoJuvenil. Serão mais de 30 curtas-metragens, assinadas por realizadores de vários estados, além da Paraíba: Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul.
Entretanto, antes mesmo de acontecer, o evento já contou com palestras e oficinas, realizadas entre o mês passado e este mês. Documentário, maquiagem, treinamento de cena, fundamentos do fazer fílmico — de tudo um pouco, com participação ativa do público das duas cidades.
Reconhecimento — Nascido em Conceição (PB), em 1942, Fernando Teixeira se destacou por meio da montagem de dezenas de peças teatrais, a exemplo de O Auto da Compadecida, Anayde, 15 Anos Depois e Fogo Morto, entre outras. No cinema, participou de filmes como Baixio das Bestas. Com uma trajetória marcada por premiações, foi escolhido o melhor ator no Festival Comunicurtas, por sua atuação no filme O Hóspede, de Anacã Agra e Ramon Porto Mota.
Fundador do Grupo de Teatro Bigorna, em 1968, Teixeira continua dirigindo e encenando espetáculos, contando mais de 60 anos de contribuições às artes cênicas. Em março do ano passado, ele lançou o livro Trás Ontonte, sua autobiografia, na qual, por meio de uma prosa memorialista, revela detalhes da produção teatral da Paraíba.
“Na caminhada pela vida, a arte nem sempre é fácil ou gloriosa. Em compensação, é uma jornada na qual é você quem determina para onde ir. Olhando pelo retrovisor, vejo, além das intempéries, muitas coisas boas e lindas que se realizaram nessa caminhada, e ser homenageado em um projeto importante como a Semana do Audiovisual do Vale do Paraíba é uma delas”, destacou o homenageado, ao falar sobre a escolha do seu nome para a Semana do Audiovisual do Vale do Paraíba.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 10 de março de 2024.