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Juliette lança ‘Ciclone’, seu 1º álbum

publicado: 28/08/2023 09h55, última modificação: 28/08/2023 09h55
Novo projeto está disponível em todas as plataformas de música, conta com nove faixas e várias parcerias
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A direção criativa dos visuais traz a assinatura do diretor Felipe Sassi, que já trabalhou em grandes sucessos - Foto: Juliana Rocha

 A paraibana Juliette disponibilizou em todas as plataformas de música na última quinta-feira (24) seu primeiro álbum, Ciclone. O projeto, que conta com nove faixas,  marca o início de uma nova fase na carreira musical da artista. O trabalho traz uma combinação de sonoridades em roupagem pop, somada às suas nuances culturais e referências como R&B, piseiro, trap, afrobeat.

O nome “Ciclone” faz uma analogia à vida da artista que foi embalada por mudanças repentinas, impactantes e intensas. Essa jornada acompanha uma sensação de renovação que se espelha na essência do álbum, que é uma produção da Rodamoinho Records distribuído pela Virgin Music e conta com parceria de Marina Sena e mais três participações: o cantor pernambucano João Gomes, o cantor Dilsinho e o cantor e compositor maranhense Nairo.

As músicas Sai da Frente, Quase Não Namoro, Nós Dois Depois, Não Sou de Falar de Amor, Beija Eu e Ninguém também contam com produção musical do coletivo ‘Canetaria’, que assina projetos fonográficos com grandes estrelas da música nacional como Anitta, Luisa Sonza e Claudia Leitte. Além disso, a faixa Ciclone também foi produzida por eles e composta pelo paraibano Seu Pereira e pela própria Juliette. A cantora também assina como coautora nas músicas Tengo e Diamante.

Músicas

Sai da Frente é o primeiro single do álbum Ciclone, que demonstra mais da maturidade musical de Juliette. A faixa incorpora instrumentos típicos da música paraibana, como o triângulo, em uma embalagem pop e moderna. A música entrou no TOP 50 do Spotify BR e Top 50 do Spotify Portugal, alcançando a 9ª posição. A música Tengo possui um refrão “tengo, lengo, tengo”, referenciando o som do triângulo de Gonzaga. “Yo tengo” reforça seu “borogodó”, abordando poder feminino e ancestralidade. A faixa mescla referências regionais e explora sua evolução como cantora.

Em Quase Não Namoro, Juliette expressa emancipação e independência emocional. A música, com participação de Marina Sena, mistura ritmos urbanos como dancehall, funk carioca e brega, em uma embalagem pop que marca sua nova fase musical. Ciclone, a faixa-título do álbum traz uma Juliette empoderada e se libertando de um relacionamento abusivo. “Eu quase me perdi por causa de você / Por pouco eu não esqueci meu nome / Eu quase enlouqueci tentando te entender / Agora que me entendo, vê se some”, canta a artista.
Na música Nós Dois Depois, parceria com Dilsinho, Juliette canta sobre estar descobrindo qual é sua missão e buscando individualidade. Para isso, opta por deixar o relacionamento incerto que vive em segundo plano. “Primeiro eu, eu / Nós dois depois, pois / Não vou esperar por alguém que já foi”, versa. 

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O álbum traz uma combinação de sonoridades em roupagem pop, somada a referências como R&B, piseiro, trap e afrobeat - Capa: Divulgação

Em Não Sou de Falar de Amor feat. João Gomes, versa a respeito de uma mulher que abre o coração e ama ter alguém perto, baixar a guarda e não esconder mais o que está sentindo pela outra pessoa. A parceria traz batidas de forró eletrônico e piseiro. 

A faixa Beija Eu feat. Nairo, traz uma sonoridade mais pop para o álbum, com uma leve mistura de samba e apresenta uma versão desapegada de Juliette, mas a letra confessa que é uma forma de proteção: “Cê sabe eu sou desapegada / uma forma de me proteger”. A faixa ainda versa: “Não sei se sinto amor, mas quero estar com você”.

Em ritmo forte, Ninguém chega com letra sobre liberdade e independência, e manda um recado enfático “E não contei nem metade da história, mas não vou precisar provar nada a ninguém / ninguém vai parar / não vai!”. Juliette finaliza seu primeiro álbum de estúdio com “Diamante”, que aborda força e superação. Na música, a cantora diz que, se não abrirem as portas para ela, quebra a janela para conseguir o que quer. “Juntei todos os cacos, pedaços, meus pontos fracos”, canta.

Estética do projeto

A direção criativa dos visuais traz a assinatura do diretor Felipe Sassi, que já trabalhou em grandes sucessos de Gloria Groove, IZA e Ludmilla. Sobre a estética do projeto, Sassi explica ainda que o trabalho faz uma correlação da literatura nordestina, como a de Ariano Suassuna e do movimento armorial, dentro desse tom mais teatral shakespeariano. O que foi apresentado é uma interpretação da Julieta brasileira, uma representação de uma espécie de princesa modernizada, com a complexidade que sua trajetória carrega.

O editor de moda e stylist Leandro Porto é quem assina a moda dos visuais de Ciclone. Ele já foi responsável pelos looks de diversas eras do pop brasileiro, de artistas como Marina Sena e Duda Beat. 

Novos caminhos
A estreia da carreira musical de Juliette veio em setembro de 2021, com o seu EP homônimo, que até hoje mantém o recorde de maior número de pré-saves da história do Spotify Brasil e segunda maior estreia de um álbum ou EP brasileiro na plataforma. Desde então, a cantora vem fazendo parcerias de sucesso na música, como suas colaborações com Alok, Luis Fonsi, Lunay e Lenny Tavárez (em Un Ratito) e Israel & Rodolffo (em Sobre). A paraibana também se apresentou no Prêmio Multishow de 2021. 

Seguiram-se os singles Cansar de Dançar, Solar e Xodó, além de uma participação no na décima Papasessions, cypher chamada “França”, ao lado de L7NNON, Xamã e Welisson. 
Além disso, caiu na estrada a partir de março de 2022, quando deu início à turnê Caminho, que está viajando por cidades de diversas regiões do país. O repertório dos shows foi composto pelas faixas presentes no EP de estreia, assim como interpretações de canções de outros artistas que tiveram importância na trajetória da cantora. 

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 26 de agosto de 2023.