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UFPB desenvolve app para divulgar a cultura nacional na Rio-2016

publicado: 05/05/2016 00h05, última modificação: 05/05/2016 00h10
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Guido Lemos é diretor de informática do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid) da Universidade Federal da Paraíba - Foto: Divulgação

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Guilherme Cabral

primeira versão do aplicativo (app) Culturi, que significa tocha, em tupi-guarani, foi desenvolvida pelo Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital, da Universidade Federal da Paraíba, por encomenda do Ministério da Cultura, e deverá ser lançada oficialmente hoje, no Rio de Janeiro, ou seja, dois dias após o início do percurso, em revezamento, da tocha olímpica pelo Brasil, que começou por Brasília, na última terça-feira. O objetivo é permitir ao público saber a programação cultural - a exemplo de shows - que venham a acontecer nas cidades por onde ela passará. Nesse sentido, uma equipe de integrantes do Lavid, que é um Núcleo da UFPB, esteve, na semana passada, na Cidade Maravilhosa, para fazer a apresentação ao Minc. A propósito, esse Laboratório também já desenvolveu - para o mesmo Ministério - a tecnologia do aplicativo denominado “Quero ver cultura”, que oferece filmes nacionais e estará embarcado em receptores de sinal digital para os beneficiários do Bolsa Família espalhados pelo Brasil e outro para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que permite obter várias informações a respeito daquele Programa. 

O diretor do Centro de Informática, Guido Lemos, que também é um dos pesquisadores do Lavid da UFPB, confessou para o jornal A União ser “muito gratificante” poder estar contribuindo para a melhoria social da população. “É o coroamento de um trabalho”, disse ele, referindo-se ao fato de que, na tarde do dia 14 de dezembro de 2012, o Laboratório participou - durante a solenidade de lançamento da transmissão digital pela TV Câmara de João Pessoa - da realização do primeiro teste de interatividade na TV pública brasileira com famílias de baixa renda. Na ocasião, 100 beneficiários do Bolsa Família residentes na cidade assistiram, em seus televisores, a primeira exibição de vídeos interativos - produzidos pela TV UFPB, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Católica de Brasília (UCB), além do Núcleo Lavid da Universidade Federal da Paraíba e Banco do Brasil - com informações de programas sociais do Governo Federal, cujo projeto foi uma iniciativa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com apoio de outras instituições parceiras. “Foi um sucesso”, lembrou ele.

No caso do aplicativo Culturi, por ser a primeira versão, Guido Lemos admitiu que ainda possa haver algum aprimoramento. Quanto ao “Quero ver cultura”, ele disse que os beneficiários do Bolsa Família poderão, por exemplo, assistir três filmes nacionais por meio dos receptores de sinal digital, o que vem sendo denominado de ‘Net Flix”. O pesquisador fez previsão de que esses equipamentos deverão chegar em João Pessoa no próximo ano, estimando que 70 mil famílias contempladas pelo Programa e que residem na cidade poderão usufruir dessa tecnologia. No entanto, ele acrescentou que esse número de beneficiários na capital poderá chegar a entre 120 mil a 150 mil famílias, naquela ocasião, se forem incluídos quem estiver cadastrado nos demais programas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Depois, a perspectiva é de que outras cidades do Estado com mais de 100 mil habitantes, como Campina Grande, sejam contempladas. E, ainda com relação ao Bolsa Família, ele informou que um disco com o aplicativo do Programa vai oferecer para as famílias beneficiárias diversas informações, a exemplo das datas de pagamento, locais para o recebimento dos valores e mensagens institucionais.

A propósito, a tocha dos Jogos Olímpicos Rio 2016 - que serão realizados de 5 a 21 de agosto - vai passar em sete cidades da Paraíba. Em dois de junho ela chegará em Pedras de Fogo e, na mesma data, passará por Itabaiana e Campina Grande; no dia três, circulará por Guarabira, Sapé e João Pessoa e, no dia quatro, encerrando o revezamento no Estado, Mamanguape. O percurso só terminará no Rio de Janeiro, em quatro de agosto.