Foi preciso quase uma década, desde a formação da banda, em 2012, para que a Papangu lançasse o seu primeiro disco, há três anos. O vocalista Héctor Ruslan, pernambucano radicado na Paraíba, explica que esse hiato fez com que os então adolescentes pudessem acumular experiência e consolidar sua música autoral. Agora adultos e com um novo álbum — Lampião Rei, estreia deste ano nas plataformas de música —, o conjunto lança esta recente empreitada numa versão em vinil pela Taioba Discos, de João Pessoa. A pré-venda do LP, ao preço de R$ 220, está disponível no site do selo.
Em setembro, o disco ganhou uma prensagem estrangeira pela Repose Records, do Reino Unido. Sérgio Pacheco, proprietário do selo e da loja Taioba (situada no Bairro dos Ipês, na capital), explica que a diferença principal entre as edições nacional e internacional está na cor: o vinil brasileiro, translúcido, foi fabricado com a mesma master do primeiro e reproduz o layout anterior.
“Esse disco chegou aqui no Brasil em pouquíssimas cópias, trazidas pela própria banda. Por isso, decidimos produzir essa versão regional, para dar acesso a todo mundo que quisesse ter esse LP”, justificou.
Este é o primeiro lançamento oficial da Taioba. Um compacto da banda Wil Cor & Eletrocores, lançado em outubro, foi apenas distribuído por meio da loja. Para os próximos meses, Sérgio antecipa a estreia de mais três álbuns — o próximo já para dezembro e todos de artistas locais.
“É extremamente importante colocarmos nossas bandas e cantores no mapa da retomada no vinil, em nosso país. Chegamos para tornar isso possível. Quando alguém daqui não faz, alguém de fora, do Sudeste, acaba fazendo”, declarou.
Lampião Rei traz oito faixas que exercitam a já conhecida mescla de influências da Papangu, que passeiam pelo rock progressivo, o jazz e os ritmos do Nordeste. As músicas narram, em tom épico, a trajetória do cangaço na região.
Além de Héctor Ruslan (voz e guitarra), o grupo conta com Marco Mayer (voz e baixo), Raí Accioly (voz e guitarra), Pedro Francisco (voz, guitarra e percussão), Rodolfo Salgueiro (voz e teclados) e Vitor Alves (bateria). “O disco continua sendo um formato muito interessante. Os artistas que crescemos ouvindo lançavam suas músicas em álbuns. E nós não conseguimos dissociar uma coisa da outra — a música do formato. É um trabalho que continuaremos a fazer”, finalizou Ruslan.
Clique no link e acesse o álbum no site da Taioba Discos
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 03 de dezembro de 2024.