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Lui Coimbra se apresenta no projeto Música do Mundo

publicado: 05/10/2017 00h05, última modificação: 05/10/2017 01h19
Pág 9 - Músico Lui Coimbra - Foto - Graziella Widdman.jpg

O artista revelou com exclusividade ao jornal A União que está em fase de produção do seu novo álbum, intitulado “Tá Caindo Flor” - Foto: Graziella Widdman

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Guilherme Cabral


“Só posso parabenizar muito os dirigentes culturais que realizam esse projeto. Iniciativas como essas são extremamente bem-vindas nesses dias. Estou imensamente honrado com o convite que viabilizou eu poder mostrar meu trabalho aí, em João Pessoa. Parabéns a todos!”, confessou antecipadamente, durante entrevista para o jornal A União, o cantor, compositor e multiinstrumentista carioca Lui Coimbra, referindo-se ao Música do Mundo, em cuja edição especial do evento - uma ação promovida pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), lançada em agosto de 2015 - se apresenta nessa quinta-feira (5), a partir das 21h, no Teatro Santa Roza, localizado no Centro da capital. O artista traz ao Estado o show da turnê Ouro e Sol, no qual conjuga a erudição do violoncelo - que o consagrou - ao canto da sonoridade de um Brasil de matizes diversos e é resultado de seu primeiro disco solo homônimo. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Não é a primeira vez que Lui Coimbra vem realizar show em João Pessoa. “Já me apresentei algumas vezes, ao lado de artistas como Zeca Baleiro, Alceu Valença, Ana Carolina e Ney Matogrosso. Sempre adorei a energia e a  beleza da cidade. A apresentação mais recente foi num duo com o querido mestre Naná Vasconcelos, num lindo festival na praia, há uns três anos atrás. Uma noite inesquecível! Com meu show solo será a primeira vez, o que me enche de alegria. Esse show já é o pré-lançamento do meu novo trabalho, batizado de Tá Caindo Flor, que é o nome do meu próximo CD, já em fase de finalização”, disse o artista.

“Estarão comigo, dividindo o palco do lindíssimo Teatro Santa Roza, o pianista e maestro Tonny Lucheese, o baixista Pedro Aune (os dois do Rio de janeiro), e o baterista e percussionista gaúcho (radicado em São Paulo), Bruno Tessele. São amigos de longa data e temos bastante afinidade musical. No repertório, um passeio por um Brasil mítico e forte, que acredito estar bem dentro de nós, dos nossos sonhos e ao nosso alcance. A ideia mãe desse show é a celebração desse Brasil cheio de ritmos e melodias comoventes”, comentou Lui Coimbra, acrescentando o que o público vai ouvir durante esse seu show solo. “Canções de Villa-Lobos, Capiba, Elomar, além de poemas de Mário Quintana musicados por mim e temas autorais convivem com a lente contemporânea de Pedro Luís, Lulu Santos, Zeca Baleiro, entre outras releituras muito pessoais que tenho feito explorando o canto junto com o violoncelo”, disse ele.

Lui deverá abrir o show com ‘Astrologia’, poema do gaúcho Mario Quintana, cantado à capela. Da região Nordeste, o artista vai fazer um passeio pela música de Capiba com a interpretação de ‘Minha Ciranda’. Na sequência, o público ouvirá ‘Fazê o quê?’, de Pedro Luís, composição para a qual o artista criou um arranjo - considerado “irresistível” - para a rabeca, que ele toca na vertical, como se manuseasse um mini-violoncelo. E, naturalmente, segue-se a música que deu nome ao disco, ‘Ouro e Sol’, que é versão de ‘Fields of Gold’, de Sting, em parceria com Zeca Baleiro.

O repertório do show ainda inclui faixas do inédito disco. “O novo CD sai em breve e se chamará Tá Caindo Flor, uma canção minha, a partir de  tema de domínio dedicada ao meu querido amigo e mestre Naná Vasconcelos”, disse Lui Coimbra, antecipando que desse trabalho incluiu as músicas ‘Escândalo da Rosa’, que é um poema de Vinicius de Moraes musicado pelo próprio artista, ‘Babylon’ (Zeca Baleiro), ‘Asas’ (Chico César) e a modinha ‘Amo-te Muito’, de João Chaves. O poema intitulado A ciranda rodava o mundo, de Mário Quintana, e ‘Seguir o Fado’, do dramaturgo português Thiago Torres da Silva, ambos também musicados por ele, ganharam tons mouriscos. A surpresa é a versão camerística do hit popular ‘Você não vale nada’, onde a levada caboverdiana empresta tons eruditos à canção.