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Luther College Jazz Orchestra vem à Paraíba para realizar workshops e concertos

publicado: 04/06/2016 00h05, última modificação: 03/06/2016 21h48
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A orquestra deve realizar apresentações em diversas cidades brasileiras, incluindo o Rio de Janeiro, João Pessoa, Recife e Natal - Foto: Divulgação

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Guilherme Cabral

partir de amanhã, a Luther College Jazz Orchestra - cuja sede é na cidade de Iowa, localizada no Estado do Texas (EUA), formada por 25 integrantes e regida por Juan Tony Guzmán - iniciará, pela primeira vez na Paraíba, uma série de apresentações - algumas de cunho didático e outras em caráter oficial, sempre com entrada gratuita ao público - em João Pessoa e Campina Grande, todas dentro do projeto Notas de Passagem, coordenado pelo maestro e compositor carioca Eduardo Lakschevitz. Nesse sentido, o primeiro compromisso da programação - que vai se estender até a próxima quinta, dia 9 - será às 9h, com workshop na Sala Radegundis Feitosa da Universidade Federal da Paraíba com o Coral Gazzi de Sá, da UFPB. 

“A vinda da Luther College Jazz Orchestra à Paraíba é importante, fundamental, por ser uma oportunidade maravilhosa para que haja um intercâmbio entre duas culturas diferentes. Os Estados Unidos são o berço do Jazz e vai ser uma troca de experiência, pois aqui temos grupos de jazz e eles vão assistir como tocamos e, também, como eles tocam”, disse para o jornal A União o maestro Eduardo Nóbrega, professor do Departamento de Educação Musical da Universidade Federal da Paraíba e o responsável por trazer o grupo ao Estado. “A princípio, a Jazz Orchestra só viria realizar apresentações nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Mas sugeri ao regente Eduardo Lakschevitz, com quem tenho amizade, a vinda também à Paraíba”, prosseguiu ele, fazendo questão de ressaltar, ainda, que a Orquestra vem sem nenhum custo, pois a própria instituição norte-americana está bancando as despesas.

No caso das apresentações didáticas, a Jazz Orchestra traz, na bagagem, um repertório flexível. Já para os concertos oficiais, sempre à noite, o programa é composto por obras que vão desde o tradicional dixieland jazz até incursões pela música brasileira. “Essa é a terceira vez que o grupo vem ao Brasil, sempre com grande sucesso, e a primeira vez em nosso Estado. Portanto, vamos explorar esse intercâmbio e trocar experiências, mostrando nossa arte”, garantiu o maestro Eduardo Nóbrega.

Dentro da programação elaborada para cumprimento na visita à Paraíba, na próxima terça-feira, a Luther College Jazz Orchestra se deslocará para Campina Grande, onde realizará, no período das 14h às 18h, no Centro de Artes, oficina para os alunos da UFCG. E, à noite, a partir das 22h, concerto oficial no palco principal do Parque do Povo, dentro da programação do Maior São João do Mundo.

No dia seguinte, ou seja, a quarta-feira, já de volta a João Pessoa, a Jazz Orchestra realizará, a partir das 9h, na Sala Radegundis Feitosa instalada no Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) da Universidade Federal da Paraíba, workshop com a Rubacão Jazz, do Departamento de Música da UFPB. À tarde, com início às 15h, o grupo ministrará a mesma atividade para a Orquestra Armorial do Colégio Marista Pio X, onde, às 17h30, os músicos norte-americanos também se apresentarão para os professores e alunos.

E, na próxima quinta-feira, dia 9, encerrando a programação no Estado, a Luther College Jazz Orchestra terá dois compromissos. O primeiro, às 16h, será a realização de um ensaio geral para a apresentação que ocorrerá às 21h, na Sala Radegundis Feitosa da Universidade Federal da Paraíba, cujos solistas serão os professores Heleno Feitosa (UFPB) e Rucker Bezerra, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Sobre o projeto

Antes de ter a atual denominação, o Notas de Passagem, conforme seu idealizador, o maestro Eduardo Lakschevitz, vinha sendo desenvolvido há muito tempo e já trouxe, em 15 anos pelo Brasil, artistas dos Estados Unidos e de países da Europa, Ásia e América Central. “Vieram coros, bandas, orquestras, grupos pequenos e maiores, grupos de estudantes e de observadores da música brasileira”, comentou ele. O objetivo do projeto é compartilhar a música, inclusive a brasileira, além de cantar e tocar. “Isso já gerou experiências maravilhosas que podemos ter como músicos. Nesses encontros podemos ver grupos de pessoas que não falam a mesma língua compartilharem o mesmo ambiente e a mesma atmosfera, através da produção do som que eles fazem”, explicou, ainda, o regente carioca acrescentando que essa atual turnê é especial, por proporcionar o envolvimento de escolas públicas; bandas de músicas do interior e dos estados, bem como diversas manifestações artísticas, a exemplo de oficinas de samba, dança e de frevo.