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Mesa redonda celebra os 90 anos de A Bagaceira

publicado: 19/10/2018 08h09, última modificação: 19/10/2018 08h09
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Docentes e estudantes de jornalismo irão debater sobre a trajetória do escritor José Américo de Almeida - Foto: Divulgação

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Acontece nesta segunda-feira, 22, no Centro de Comunicação, Turismo e Artes, uma mesa redonda que comemora os 90 anos da obra de José Américo de Almeida(1887-1980), A Bagaceira. O evento é promovido pelo Núcleo de Estudo dos Media e Cidadania (Dejor-UFPB), coordenado pelo pesquisador e professor do Curso de Jornalismo, Dinarte Varela, e tem início às 9h, na Sala de Reuniões do CCTA, Universidade Federal da Paraíba.

Na ocasião, docentes e estudantes de jornalismo refletem sobre a trajetória do escritor José Américo de Almeida, sua obra e crítica, com a mediação do professor Carlos Alberto Farias de Azevêdo, doutor em Literatura brasileira pela Unesp Assis, e pela pesquisadora Sandra Raquew Azevêdo (PPGC-UFPB), que coordena o Observatório do Jornalismo no Semiárido.

A iniciativa surgiu a partir da agenda de pesquisas desenvolvidas no Curso de Jornalismo, que têm levado estudantes e professores a melhor conhecer a obra de José Américo de Almeida e o trabalho desenvolvido pela Fundação Casa de José Américo, e se dedicar à contribuição da obra do escritor no tocante à abordagem literária e sociológica sobre os períodos de estiagem no Nordeste e no tocante à literatura, e a Fundação que leva o seu nome enquanto espaço de pesquisa relevante no tocante à história do jornalismo paraibano.

O romance A Bagaceira foi publicado no dia 28 de fevereiro de 1928. Publicação que inaugura o Romance de 30 ou neorrealismo. Conhecido por muitos como Ciclo Regionalista, caracterizado entre outras coisas por trazer elementos de verossimilhança e relato direito da realidade. Por meio de A Bagaceira são problematizados aspectos da realidade brasileira ligados às transformações econômicas e sociais do período em que foi publicado, sobretudo no que diz respeito ao interior do Nordeste brasileiro, e que, conforme Otto Maria Carpeaux, passa a “abrir uma nova fase na história literária do Brasil”. O livro foi publicado originalmente na Paraíba, pela Imprensa Oficial, e teve várias edições lançadas pela José Olympio.

É relevante ressaltar que A Bagaceira tem uma revisão critica relevante nacionalmente, da qual participam muitos pesquisadores e pesquisadoras da Paraíba, a exemplo de Milton Paiva, Angela Bezerra de Castro, Elizabeth Marinheiro, Elisava de Fátima Madruga, Neroaldo Pontes de Azevêdo, entre outros pesquisadores, críticos de literatura e jornalistas.