Notícias

Mônica Salmaso apresenta turnê "Corpo de Baile" na capital

publicado: 06/09/2016 00h05, última modificação: 06/09/2016 00h18
MonicaSalmaso.jpg

Em 2015, Mônica ganhou o prêmio de “Melhor Cantora” na categoria MPB, no 26º Prêmio da Música Brasileira - Foto: Divulgação

tags: "Corpo de Baile" , Mônica Salmaso


Lucas Silva - Especial para A União

Após passar por cidades como Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, o espetáculo “Corpo de Baile” retoma a turnê nacional e percorre agora as cidade de Recife, Salvador, Belém, Fortaleza e João Pessoa, com show da cantora Mônica Salmaso. Acontecendo hoje e amanhã no Teatro Paulo Pontes, às 20h, Mônica traz um espetáculo que foi considerado pela crítica brasileira um luxo. Os interessados em participar podem adquirir seus ingressos no valor de R$ 40 inteira e R$ 20 meia-entrada e deslumbrar-se dos 80 minutos de canções inéditas nesta noite musical.

Os presentes na performance da cantora verão que Mônica dividirá o palco com nove músicos renomados. O disco, composto unicamente por músicas de Guinga e Paulo Cesar Pinheiro, chegou ao mercado no segundo semestre de 2014 e, logo depois, foi apontado pela crítica como um dos melhores do ano. Além disso, foi indicado também como o “melhor do ano” pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre, após enquete com especialistas. Já a concepção visual, que é ilustrada no decorrer do show, foi concebida pelo fotógrafo e cineasta paraibano Walter Carvalho.

“Essa parceria aconteceu muito forte e eles fizeram muitas coisas na década de 70 e 80. Porém, logo após alguns anos a parceria foi encerrada e a maior parte dessas músicas ficou no baú”, disse a cantora Mônica Salmaso. Ainda em entrevista, Mônica completou que demorou mais ou menos 10 anos para que o material musical chegasse as suas mãos e logo após a cantora ficou sem saber como realizar um show com tudo. “Todo esse material é uma joia rara e acabou sendo gravado de forma muito feliz”, completou.

O show que ganhou os palcos nacionais em 2015, explora grandes canções a exemplo de “Bolero de Satã”, que Elis Regina gravou com Cauby Peixoto, todas elas emolduradas com arranjos de Dori Caymmi, Nailor Proveta, Luca Raele, Nelson Ayres, Teco Cardoso, Tiago Costa e Paulo Aragão. Mônica também celebra neste espetáculo 20 anos de carreira que rendeu mais de dez gravações em estúdio e ao vivo.

Ainda acompanham a cantora músicos que são virtuosos em seus instrumentos: Teco Cardoso (sax e flautas), Nailor Proveta (clarinete), Nelson Ayres (piano e acordeom), Paulo Aragão (violão), Neymar Dias (viola e contrabaixo) e o Quarteto de Cordas Carlos Gomes, formado por Cláudio Cruz (violino), Adonhiran Reis (2º violino), Gabriel Marin (viola) e Alceu Reis (violoncelo).

Uma curiosidade é que, além das músicas, o chamado “vídeo cenário” criado por Walter Carvalho, colabora para dar o clima de encantamento ao show. Uma tela transparente instalada na frente do palco tem projetadas belíssimas imagens que foram feitas especialmente para “Corpo de Baile”.

No transcorrer do show elas se somam, com suas cores e linguagens, às músicas apresentadas. Quanto ao disco – selo Biscoito Fino – Mônica Salmaso explica que para “oferecer canções dessa densidade, achei que precisava colorir o repertório com diferentes arranjadores, para que uma música não pesasse sobre a outra”. E, segundo ela, “curiosamente, em um momento em que é de se esperar discos novos com formações pequenas, eu estou fazendo o disco mais recheado da minha carreira”.

Dentre as músicas escolhidas, Bolero de Satã, gravada por Elis Regina no disco Essa Mulher, é a mais conhecida entre as que já tinham sido gravadas. “Achei que era o caso de regravar o Bolero de Satã para situar a parceria dentro do que as pessoas já ouviram”, pontua Mônica, que nos conta ainda que as canções que não são inéditas foram registradas em discos de pequenas tiragens, vinis ou edições especiais.

Entre as canções da dupla, Mônica passeia pelo Nordeste em Porto de Araújo e celebra a natureza em Quadrão; lança a marcha Rancho das Sete Cores; vai da moda telúrica (Violada) às valsas francesa (Nonsense) e vienense (Corpo de Baile), passando por um inusitado fado, Navegante – o velho formato invadido pelas invenções harmônicas de Guinga. Abrange da cultura indígena de Curimã à católica de Procissão da Padroeira e recria o que a dupla faz melhor, canções densas como Fonte Abandonada e Noturna, e ainda lança a modinha Sedutora.

Agora, Mônica apresenta “Corpo de Baile”, trabalho com o qual ela afirma ter a sensação de que, “mesmo sem saber”, estivesse sendo preparado todos esses anos, para ser gravado por ela. Não à toa, foi escolhida a “Melhor Cantora” – categoria MPB – no 26º Prêmio da Música Brasileira, edição 2015.