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Cine Bangüê

Mostra de filmes da Cinemateca começará no próximo dia 27

publicado: 17/10/2023 09h33, última modificação: 17/10/2023 09h33
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Em cartaz na frente do cinema da Funesc, na capital paraibana, exposição gratuita com cerca de 200 imagens reconta os mais de 70 anos de história da Cinemateca - Foto: Jãmarrí Nogueira/Funesc

por Da Redação*

 Por conta de problemas técnicos envolvendo seu projetor, as sessões diárias do Cine Bangüê continuam suspensas. Porém, a sala de cinema no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, já tem uma data para as exibições da mostra A Cinemateca é Brasileira: começará no próximo dia 27, segundo gerente do equipamento da Funesc, Gian Orsini. A programação está sendo fechada nesta semana e será divulgada em breve.

Na mostra, diversos clássicos que marcam os 120 anos do cinema brasileiro (em DCP), entre os anos 1920 até a atualidade. “Esquentando” os preparativos, já está aberta na frente do Bangüê a exposição gratuita com curadoria da Cinemateca Brasileira e da Sociedade Amigos da Cinemateca.

Recontando os mais de 70 anos de história da instituição do audiovisual nacional, a exposição reúne cerca de 200 imagens – documentos, fotografias, cartazes e frames de filmes, além de recursos de realidade aumentada. O projeto é assinado por Renato Theobaldo.

Vitrine nacional

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Foto: Jãmarrí Nogueira/Funesc

Na lista de longas-metragens de A Cinemateca é Brasileira que será exibida no Cine Bangüê, haverá o vanguardista Limite (Mário Peixoto, 1931); a chanchada Carnaval Atlântida (José Carlos Burle, 1952), com Grande Otelo e Oscarito; a premiada produção O Cangaceiro (Lima Barreto, 1953); Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), do cinemanovista Glauber Rocha; o clássico marginal O bandido da luz vermelha (Rogério Sganzerla, 1968); e O pagador de promessas (Anselmo Duarte, 1962), única Palma de Ouro do Brasil no Festival de Cannes, na França.

Haverá também sessões com o terror independente de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, com À meia-noite levarei sua alma (1964); o tropicalista Macunaíma (1969, Joaquim Pedro de Andrade); e o campeão de bilheteria Dona Flor e seus dois maridos (Bruno Barreto, 1979).

A Paraíba tem destaque em duas produções: o bastião dos documentários nacionais, Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho, 1984), cujo ponto de partida é o assassinato de um líder sindical em Sapé (PB); e a ficção A hora da estrela (Suzana Amaral, 1985), filme que revelou a atriz paraibana Marcélia Cartaxo, que ganhou o prêmio pelo seu papel no prestigiado Festival de Berlim.

Por fim, será exibida também uma leva mais recente, desde Central do Brasil (Walter Salles, 1998), último filme brasileiro a figurar na categoria de Melhor Filme Internacional; o marco do final da retomada, Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002); e Marte Um (Gabriel Martins, 2023).

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 17 de outubro de 2023.