Vinte e quatro imagens integram a exposição 'Ovelhas', primeira individual da fotógrafa e jornalista pernambucana Priscila Urpia e que está aberta até o dia 18 deste mês de fevereiro na Galeria Alexandre Filho, instalada na Usina Cultural Energisa, localizada na cidade de João Pessoa. Além das fotos da mostra, que retrata a vida de reeducandas da Colônia Penal Feminina de Recife (PE), o visitante - que pode entrar gratuitamente - ainda tem acesso a relatos em áudio de algumas dessas mulheres. A galeria fica aberta ao público de segunda a sexta das 7h30 às 20h. Nos sábados, domingos e feriados, das 14h às 20h.
O nome 'Ovelhas' que intitula a individual é uma alusão ao Bom Pastor, antigo nome da Colônia Penal Feminina de Recife. Com curadoria do fotógrafo Elvio Luiz dos Santos, a mostra conta com recurso de audiodescrição integral das imagens, no intuito de dar acesso dos deficientes visuais e, assim, alcançar toda a sociedade, sem restrições. Quem visita o local pode ter uma ideia da realidade das reeducandas.
“O trabalho como um todo busca descortinar as mulheres infratoras que estão ali presas, esquecidas pela sociedade, apenas esperando o tempo passar. O objetivo de 'Ovelhas' é dar um re-significado a esse universo de pessoas que estão silenciadas, à espera de oportunidades para conseguirem se ressocializar”, comentou a fotógrafa Priscila Urpia, que esteve na Galeria Alexandre Filho no último sábado (3) para realizar uma visita guiada, ocasião em que contou um pouco da história por trás de cada imagem.
Em sua primeira individual, a artista pernambucana evidencia um olhar humano sobre as mulheres da Colônia Penal Feminina de Recife, as quais fazem do cárcere uma oportunidade de recomeço. O projeto é resultado de três anos de pesquisa, uma iniciativa que já rendeu, em 2014, um ensaio fotográfico intitulado 'As Ovelhas'. A exposição fotográfica 'Ovelhas' conta com incentivo do Funcultura-Fundarpe, Secretaria de Cultura do Governo do Estado de Pernambuco e com o apoio institucional da Secretaria de Ressocialização do Estado de Pernambuco, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo de Pernambuco e da Usina Cultural Energisa (Grupo Energisa).