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'Música do Mundo' apresenta Totonho

publicado: 13/12/2017 19h05, última modificação: 13/12/2017 19h47
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O cantor e compositor Totonho conquistou a cena musical alternativa brasileira com letras provocativas - Foto: Rafael Passos

tags: totonho , música do mundo , samba luzia gorda


Linaldo Guedes

O músico Totonho é a grande atração do mês do 'Projeto Música do Mundo'. Ele vai fazer o pré-lançamento de 'Samba Luzia Gorda', em apresentação nesta quinta-feira (14), acompanhado de sua banda, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, do Espaço Cultural. O ingresso custa R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada) e a bilheteria abre com uma hora de antecedência. “O concerto ainda não representa o novo álbum, mas traz canções que estão presentes no novo disco”, conta Totonho, adiantando que o público pessoense poderá acompanhar o pré-lançamento da primeira faixa, ainda inédita, que será tocada apenas em João Pessoa.

Em fase de mixagem e edição de seu novo álbum, o CD é produzido por Maurício Tagliari para a YB Música e conta com a coprodução da Secult-PB através do Fundo de Incentivo à Cultura (FIC). O show, garante Totonho, promete um repertório novo, de canções inéditas que ficaram fora do novo álbum, e músicas já conhecidas do seu repertório habitual. Ou seja: um concerto recheado de sambas e baladas, com o formato de baile. Totonho nasceu no Sítio do Tinguí, em Monteiro, na Paraíba. Filho de dona Luzia do Bolo, no começo era vendedor de buchada de bode, e assistiu a muitas cantorias de repentistas da região. Foi quando teve seu primeiro contato com a música.

Com apenas nove anos de idade, Totonho montou a banda 'Os Renegados', que tocava com latas (guitarra de lata, bateria de lata e afins). “Foi ali que começou tudo e me tornei compositor”, afirmou. Em 1982 resolveu que queria mesmo seguir a carreira de músico. Mudou-se para a capital paraibana onde participou da criação do 'Musiclube da Paraíba', uma cooperativa de compositores por onde passaram nomes como Chico César, Milton Dornellas, Jarbas Mariz e os irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró, Adeildo Vieira, entre outros.

Durante cinco anos, Totonho participou do 'Projeto Tocar Por Prazer' cantando e tocando violão em João Pessoa. Nesse mesmo período cursou Faculdade de Arte e Educação e deu início a um trabalho social, junto às comunidades. Já premiado e conhecido como um dos melhores compositores da região, no final de 1988 foi para o Rio de Janeiro fazer uma Pós-Graduação e tentar a vida como músico.

No final do ano se uniu com outros músicos formando 'Totonho e os Cabra'. Depois de participar e se classificar no 'Projeto Pixinguinha', estreou em março de 1997 uma turnê por sete capitais brasileiras. E foi ocupando os espaços possíveis no Rio de Janeiro. Até que em 1999 uma demo foi parar nas mãos do produtor musical Carlos Eduardo Miranda. O resultado foi o álbum homônimo 'Totonho e Os Cabra', que mostra bem a cara do dono. Ele descreve seu processo de composição de forma simples: “Sou melhor compositor. Eu parto da palavra: daí, faço uma frase, desmancho, faço outra, mudo, transformo, busco um sinônimo… Eu sou tipo um pedreiro que vai quebrando um tijolo até ele caber em sua construção”.