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Obra de Augusto dos Anjos é tema de Seminário da Revista Piriah, em Sapé

publicado: 31/03/2017 00h05, última modificação: 31/03/2017 00h54
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O seminário "A Transversalidade da Obra de Augusto dos Anjos" será realizado na Escola Municipal de Artes de Sapé, a partir das 19h - Foto: Divulgação

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Gregório Medeiros - Especial para A União

De obra original e em comemoração aos 133 anos se estivesse vivo, Augusto dos Anjos é objeto de discussão do terceiro Seminário da Revista Piriah com tema ‘A Transversalidade da Obra de Augusto dos Anjos’, na cidade de Sapé. O evento será gratuito e irá acontecer na Escola Municipal de Artes, hoje, a partir das 19h.

O resgate histórico de personagens históricos de nosso Estado mostra o quanto a memória é importante no processo de construção de identidades. Com participação de Jairo Cézar, gestor do Memorial Augusto dos Anjos, os Seminários da Revista Piriah irão apresentar, enquanto desdobramentos das seções da revista, a transversalidade da obra de Augusto dos Anjos. Ele afirma que na cidade de Sapé “há práticas envolvidas com a dança, poesia e teatro, muito das linguagens culturais desenvolvidas no memorial. Acredito que o Seminário, aberto ao público, garanta acesso irrestrito à população. Ele se configura como importante democratizador da cultura. É preciso levar Augusto, e toda a transversalidade de sua arte, ao povo.”  

No evento, haverá ainda a participação de Bia Cagliani, gerente operacional de Difusão da Dança, que prentende discorrer sobre a realidade de Augusto dos Anjos nas artes cênicas aqui na Paraíba. “As características expressionistas contidas na obra de Augusto dos Anjos inspiram as criações das artes cênicas e de estudos de artes cênicas (dança e teatro). Na Paraíba, duas obras relativamente recentes baseadas tanto em suas poesias quanto em sua própria vida foram criadas. A primeira pelo diretor de teatro Roberto Cartaxo, “Augusto, o anjo visionário”, e a segunda, nascida da anterior, pelo bailarino e coreógrafo Marcos Brandão, “Eu, Augusto dos Anjos”, ressaltou.

Além da palestra, haverá apresentação do espetáculo de Areilton Martins, chamada “Dança da Psiquê”, com influências de dança, teatro e saraus literários com crianças formadas pelo memorial. Vale dizer que o espetáculo é formado pelos alunos da Escola Municipal de Artes e se baseia na obra do autor.

A Revista Piriah é uma propositura da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult) que surge como uma ação do Governo da Paraíba. De caráter não institucional, ela foge do simples marketing de ações governamentais e se apresenta através da arte e da cultura enquanto reflexo da realidade paraibana. Sistematizada a partir de um Conselho Editorial, já se apresenta a segunda edição, carrega várias promessas, principalmente a de destacar produção artística, difundindo experiências culturais, e visibilizando uma sociedade, muitas vezes, engolida apenas pelo fazer/e pelo produzir eventos culturais.

Tão importante quanto disponibilizar fisicamente ou on-line a Revista Piriah, os Seminários passam a trocar experiências pautados pela diversidade de conteúdo da Revista. Ao abordar temas da revista, com a intenção de estimular o consumo de produtos voltados para o segmento, a Secult passa a descentralizar ações pelas 12 regionais de cultura, com objetivo de transversalizar o debate, formar plateias e público leitor e assim, gerar o entendimento do fazer cultural.