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Obra inédita estreia hoje no Fimus

publicado: 19/07/2024 09h54, última modificação: 19/07/2024 09h54
Composição inspirada em tragédia do Rio Grande do Sul será regida pela maestra Alba Bomfim
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Ana Bomfim rege pela primeira vez em Campina Grande |

por Daniel Abath*

O 15o Festival Internacional de Música de Campina Grande (Fimus) terá hoje o concerto de culminância das atividades didático-pedagógicas do festival, com a participação da Orquestra e Coro do Fimus. A partir das 20h, o Teatro Municipal recebe a obra “Ciranda para um povo sofrido”, da pianista e compositora Catarina Domenici, bem como “Apalachian spring”, de Aaron Copland, que serão regidas pela maestra Alba Bomfim. Em sequência, será apresentada a obra “Fantasia Coral”, de Ludwig van Beethoven, regida pelo maestro e diretor do evento, Vladimir Silva.

De acordo com Vladimir, participam do concerto todos os alunos envolvidos no festival, tanto das práticas instrumentais quanto das salas de canto e regência. “Na primeira parte nós teremos uma orquestra formada por alunos do festival que vai interpretar as duas obras regidas por Alba Bomfim. Em ‘Apalachian Spring’ estarão os professores e mais alguns poucos alunos selecionados para interpretar essa obra, que é de uma dificuldade bastante considerável e que dura em torno de 24 minutos”, explica o maestro.

PROGRAMAÇÃO/HOJE
- 16h – Candelabro Rupestre, com Lucia Carpena, flauta doce, e Mário Trilha, cravo (No Mosteiro de Santa Clara)
- 20h – Orquestra do Fimus: Ciranda para um Povo Sofrido e Apalachian Spring, com regência de Alba Bomfim; Fantasia Coral, com regência de Vladimir Silva

Ciranda de sonhos

Uma orquestra de cordas acompanha a estreia da obra “Ciranda para um povo sofrido”, escrita por Catarina Domenici e dedicada à maestra regente Alba Bonfim. “A professora Alba é uma das maestras mais atuantes do cenário brasileiro e ela veio para o festival exatamente por conta disso, por conta da sua competência, qualidades e atributos. Ela representa não só as mulheres, como as mulheres negras e é uma maestra que levanta essa bandeira”, declara Vladimir.

Alba explica que “Ciranda para um povo sofrido”, executada por uma orquestra de cordas (violino e viola), foi composta durante os trágicos períodos da pandemia e da recente enchente do Rio Grande do Sul. “Catarina entende que nesses momentos a gente tem que reunir forças no coletivo por meio da poesia, da dança, que é o caso da ciranda, dessa solidariedade, dessa união, para que nós possamos nos reestruturar. Nomeadamente em relação ao Rio Grande do Sul, é o que acontece hoje, onde seu povo está tendo que se reestruturar literalmente”, ressalta a regente.

A segunda parte do concerto é dedicada à “Fantasia coral”, de Beethoven, que antecede a “Nona Sinfonia”, uma das obras mais conhecidas do pianista alemão e que trata sobre um tipo de alegria que só a música pode promover nos espíritos em geral. “Essa obra conta com a orquestra completa. Então, nós teremos cerca de 110, 120 pessoas no palco, interpretando e encerrando o festival. Essa obra dura em torno de 25 minutos, em um concerto produzido por professores e alunos do festival, daí a sua importância”, acrescenta Vladimir.

À tarde, a programação da série Master acontece às 16h, no Mosteiro de Santa Clara, com a apresentação Candelabro Rupestre: Música Brasileira para Flauta Doce e Cravo. À frente da atração, a musicista Lucia Carpena é responsável pela execução da flauta doce, enquanto Mário Trilha assume o cravo.

DETALHES
- Entrada franca
- Mosteiro de Santa Clara (R. Rodrigues Alves, 105, Prata, Campina Grande)
- Teatro Municipal Severino Cabral (Av. Marechal Floriano Peixoto, s/nº, Centro, Campina Grande)
- Através do link, acesse o site para a reserva de ingressos

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 19 de julho de 2024.