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OSUFPB realiza concerto sob regência do português Osvaldo Ferreira

publicado: 09/09/2016 00h05, última modificação: 09/09/2016 09h03
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Durante o concerto, a Orquestra Sinfônica da UFPB irá apresentar composições do alemão Beethoven - Foto: Divulgação

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Guilherme Cabral

Sob a regência - como convidado - do maestro português Osvaldo Ferreira, a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (OSUFPB) realiza hoje, a partir das 20h, na Sala Radegundis Feitosa, instalada no Campus I da instituição, em João Pessoa, o 12º concerto da temporada 2016. O programa da apresentação inclui músicas clássicas e românticas e o solista será o professor de trompa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o paraibano Radegundis Tavares, filho do saudoso trombonista Radegundis Feitosa (1962 - 2010). A entrada é gratuita para o público.

“Nós convidamos o maestro português Osvaldo Ferreira porque ele é especialista no período das obras românticas do compositor alemão Beethoven, além de ser um dos maiores regentes da atualidade. É, ainda, um maestro muito experiente, que vai reger a Orquestra pela primeira vez e, nesse contato com os músicos, vai passar sua experiência, no momento em que a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba vive uma fase de crescimento artístico”, ressaltou para o jornal A União o coordenador da OSUFPB, Ulisses Silva, acrescentando que o solista Radegundis Tavares tocará o ‘Concerto breve para trompa e cordas’, composta pelo professor do Departamento de Música da UFPB, Orlando Alves.

O programa do concerto será aberto com ‘O Empresário’, obra composta por Mozart. Em seguida, o solista Radegundis Tavares executará o ‘Concerto breve para trompa e cordas’, de Orlando Alves. Na sequência, o maestro português Osvaldo Ferreira - que, atualmente, é diretor Artístico da Orquestra Euro-Atlântica na Europa e, também, da Sociedade de Concertos de Brasília - regerá a ‘Sinfonia nº 7, Op. 92’, composta por Beethoven.

Natural da cidade do Porto, em Portugal, o regente Osvaldo Ferreira fez Mestrado em direção de orquestra em Chicago e Pós-Graduação no Conservatório de São Petersburgo, na classe de Ilya Mussin. Em 1999, foi laureado no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia, bem como também recebeu o “Fellowship” do Aspen Music Festival, nos Estados Unidos, onde frequentou a American Conductors Academy. Ele é o maestro com o maior número de encomendas e gravações de obras de autores portugueses contemporâneos e sua trajetória inclui mais de 600 concertos, cerca de 70 apresentações de óperas e bailados e, ainda, a apresentação integral das ‘Missas’ e ‘Réquiem’, de Mozart, em 2007. E, inclusive, é convidado regularmente para reger concertos em Portugal, Rússia, União Europeia, África do Sul e EUA, além do próprio Brasil, País no qual foi diretor musical e maestro titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, no período de 2011 a 2014, e diretor da Oficina de Música de Curitiba.

Já o músico Radegundis Tavares iniciou seus estudos em trompa aos 11 anos de idade, no curso de extensão do Departamento de Música da UFPB, onde também fez Graduação e Mestrado. Aos 12 anos, estreou como solista se apresentando com a Orquestra Infantojuvenil da UFPB, da qual, com alguns membros, fundou o Quinteto de Metais Jampa Brass, grupo que participou de vários festivais nacionais e internacionais de música. Aos 15 anos, ele ganhou menção honrosa no 6º Prêmio Weril e estreou como solista no Teatro Municipal de São Paulo, interpretando as Variações sobre ‘O Carnaval de Veneza’, de Jean-Baptiste Arban. Ele ainda integrou, como convidado, o Grupo “Brassil”, quinteto de metais e percussão. E, em 2009, gravou e lançou, com o pianista José Henrique Martins, o CD intitulado Universal, com obras para trompa e piano. Em 2012 gravou seu segundo disco, denominado Radegundis Tavares, e, em 2013, fez parte do Sexteto Potiguar. Em agosto de 2014, o músico se apresentou com piano, durante o 46º Simpósio da Associação Internacional de Trompistas, realizado em Londres. Atualmente, é professor efetivo de trompa na UFRN e cursa o Doutorado em Educação Musical na UFPB, além de ser o presidente da Associação de Trompistas do Brasil (ATB).

A Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba é vinculada ao Laboratório de Música Aplicada (Lamusi) do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) e estreou no dia 6 de abril de 2013, sob a regência do maestro Gustavo Paco de Gea. No ano seguinte, Marcos Arakaki assumiu como o primeiro regente titular. Ao surgir, a OSUFPB inaugurou uma nova era na cena sinfônica do Estado da Paraíba, pois cumpria finalidades acadêmicas, estimulando a relação pedagógica entre professores e alunos, contribuindo, ainda, para a formação de plateia e para escoar os projetos da área de música da UFPB, tanto no campo da performance como de composição e musicologia.