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Palco Giratório apresenta o espetáculo Finita em JP e CG

publicado: 12/09/2017 00h05, última modificação: 12/09/2017 08h10
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Denise Stutz executa movimentos fortes e expressivos na apresentação - Foto: Divulgação

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A entrega de movimentos da dança com maestria trazendo à tona a sutileza e a utilização do corpo e da alma para contar uma história. Essas são composições marcantes que a bailarina Denise Stutz traz à Paraíba em seu espetáculo intitulado ‘Finita’, com duas apresentações, hoje em João Pessoa no Teatro Paulo Pontes e no dia 16 deste mês em Campina Grande, as duas apresentações acontecem a partir das 20h e a entrada é gratuita.

O espetáculo surgiu através da reflexão de uma carta deixada pela mãe da artista, com o que foi extraído daquele relato iniciou o projeto ‘Finita’ em 2010. A utilização do silêncio como movimento necessita de uma atenção maior do público para desfrutar o que está sendo encenado no palco, caracterizando-se em movimentos fortes que emergem no resultado cênico.

Denise leva a sua história de vida para o público de uma forma bem dinâmica. Trazendo uma releitura sobre a realidade de muitos brasileiros. “Eu comecei a pensar neste projeto a partir da doença da minha mãe, ela teve Alzheimer, e como os meus trabalhos são todos sobre memória, comecei a pensar sobre isso, pessoas que possuem este problema e ficam com a lembrança longe, logo fiz um vídeo que chamava ‘até que você me esqueça’, para trabalhar com sobra e reflexo a partir desta perspectiva. Enfatizou Denize Stuz em entrevista para o jornal A União.

Infelizmente após a publicação do vídeo a mãe da artista veio a falecer. Então iniciou um novo processo de plenitude que através da carta, começou a construir o solo, sem querer falar sobre a morte da mãe, mas trazendo as coisas que terminam, mas não se apagam, colocando em mente uma loja que se fecha, um lugar que as pessoas costumam ir e após um tempo não existe mais, e essa ideia foi levada aos palcos. Ainda falando sobre a vida de outras pessoas que se confundem com a dela, Stutz destaca. “Eu me afeto tanto pelo público quanto talvez o público se afete por mim, é uma troca de experiência, do vazio que cada um de nós carrega”.